Ao contrário do que você pode ser levado a pensar, o mundo está mais seguro desde que Israel lançou o seu ataque fulminante contra o Irã.
Pouco antes do ataque, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) divulgou que o regime iraniano havia violado o acordo assinado em 2015, com Estados Unidos, China, Rússia, França, Alemanha e Reino Unido, e que o país já contava com urânio enriquecido suficiente para fabricar nove bombas nucleares. “A Aiea declara que não pode garantir que o programa atômico iraniano seja exclusivamente pacífico”, disse a agência.
Não restava outro caminho a Israel, se não o de atacar as instalações nucleares e militares iranianas. O Irã é uma ameaça existencial ao país. É objetivo declarado da ditadura dos aiatolás eliminar o Estado judaico.
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Até que Israel reagisse ao massacre de 7 de outubro de 2023, o Irã vinha promovendo uma guerra por procuração contra o seu grande inimigo, via terroristas de Hamas e Hezbollah, principalmente. Mas a invasão bárbara do território israelense mostrou a Tel Aviv que o confronto direto com Teerã era questão de pouco tempo.
Em abril do ano passado, Israel bombardeou a embaixada iraniana em Damasco para matar oficiais graduados da Força Quds, unidade do exército do Irã responsável por treinar, equipar e financiar os terroristas aliados do regime dos aiatolás.
Em retaliação, o Irã lançou centenas de drones e mísseis contra o território de Israel. O que era para ser uma demonstração de força virou o seu contrário: o ataque inédito e aparentemente grandioso causou mais ansiedade do que vítimas entre os israelenses.
Ficou evidente que o Irã era um tigre de papel, mas um tigre de papel com ambições atômicas que não poderiam prosperar.
Com ou sem Benjamin Netanyahu, Israel empreenderia uma guerra contra o Irã para destruir as suas instalações nucleares. Os israelenses nunca acreditaram na conversa fiada de que o programa atômico iraniano tinha fins pacíficos.
Só não atacaram antes porque o acordo firmado em 2015 criou obstáculos políticos no plano internacional, que foram removidos pelo 7 de outubro e, agora, pelo reconhecimento da Aiea que, durante todo esse tempo, os iranianos levaram no bico os países que acreditaram que a assinatura de aiatolás e de seus prepostos valia alguma coisa.
Ontem, Israel apenas começou o serviço no qual as suas forças armadas operam em conjunto com agentes do serviço secreto, o Mossad, infiltrados em território iraniano. Outros ataques virão nas próximas duas semanas, como anunciado.
Além de destruir parte das instalações nucleares e militares do Irã, os israelenses mataram os cientistas que conduziam o programa nuclear e os comandantes das Forças Armadas do Irã. Outros oficiais graduados também foram eliminados.
A cadeia do comando militar iraniano foi quebrada por mais uma ação prodigiosa de Israel, e isso explica também a falta de reação à altura dos iranianos. Até o momento, o Irã conseguiu lançar apenas pífios cem drones contra o inimigo.
Os israelenses prestam um grande serviço a si mesmos, ao Oriente Médio e, portanto, ao mundo ao atacar as instalações onde o regime medieval dos aiatolás, opressor do próprio povo e patrocinador de grupos terroristas que desestabilizam perigosamente a região, vinham preparando bombas atômicas e fabricando mísseis que as pudessem carregar, ao mesmo tempo que mentiam sobre as suas reais intenções.
Os protestos ouvidos contra Israel dos governos de países muçulmanos e ocidentais são a expressão da hipocrisia habitual da qual o país é alvo.
Enfraquecer e derrubar o regime iraniano, tanto pela mão militar como pela política, é passo fundamental a ser dado para a paz no Oriente Médio, o que inclui, finalmente, a constituição de um Estado palestino que conviva em harmonia com o Estado israelense, objetivo impossível de ser alcançado enquanto houver aiatolás para financiar Hamas e Hezbollah.
Não critiquem Israel pelo ataque ao Irã. Agradeçam a Israel.
PS: a nota do Itamaraty é mais do mesmo. O Brasil se compraz na sua irrelevância.