Motta aciona Itamaraty por comitiva de prefeitos que está em Israel

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acionou, nesta sexta-feira (13/6), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para buscar intermediar o retorno do prefeito de João Pessoa (PB), Cícero Lucena (PP-PB), de Israel para o Brasil. O político está em missão oficial no país e procurou Motta depois da escalada do conflito no Oriente Médio.

“Falei há pouco com o prefeito de João Pessoa que está em Israel, e com o chanceler Mauro Vieira. A Câmara está atenta para garantir a segurança e o retorno de todos que estão em Israel”, disse o presidente da Câmara.

O prefeito de João Pessoa teria ido ao país para  um evento internacional voltado a prefeitos e autoridades de países lusófonos, ou seja, países que falam a língua portuguesa. O encontro trata de soluções tecnológicas na área de segurança pública. De acordo com Motta, Cícero “está bem” e o ministro está prestando todo o apoio necessário.

“Falei com o chanceler, que prontamente colocou a estrutura do Itamaraty à disposição. A embaixada já está prestando assistência e estamos em contato frequente para acompanhar os desdobramentos. Hoje pela manhã, conversei novamente com o ministro e com próprio prefeito Cícero. O espaço aéreo israelense está temporariamente fechado, o que exige cautela e estratégia para encontrar a melhor janela de evacuação”, explicou o presidente da Câmara.

O que está acontecendo?

  • Após meses de ameaças, Israel elevou a tensão no Oriente Médio e realizou bombardeios contra o Irã nessa quinta-feira (12/6).
  • A operação militar acontece oito meses depois de os dois países, que são rivais históricos, se atacarem mutuamente.
  • Israel atacou com dispositivos instalados dentro do território iraniano, contando com mais de 100 drones 200 aeronaves lançando mais de 330 munições contra cerca de 100 alvos.
  • Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram o ataque, classificado-o como “preventivo”.
  • Os alvos, segundo militares israelenses, teriam sido instalações “nucleares em diferentes áreas do Irã”.
  • Depois do ataque desta quinta, Israel decretou estado de emergência no país e fechou o espaço aéreo.
  • A República Islâmica, que promete destruir Israel após os bombardeios com drones, afirma que seu programa nuclear é para fins civis. No entanto, enriquece urânio em até 60% — um nível que não tem finalidade civil e está próximo do limite de 90% necessário para uma ogiva nuclear. O Irã tem impedido inspetores internacionais de verificar suas instalações nucleares.

Entenda a investida de Israel contra o Irã

O chefe da Diretoria de Inteligência Militar, major-general Shlomi Binder, explicou que Israel entra em uma campanha contra “o inimigo que busca nos destruir”. Segundo as autoridades locais do Estado israelense,  o ataque é classificado como “preventivo” e “preciso”, uma vez que acreditam que as instalações nucleares do Irã prometem ameaçar a população civil e destruir o país.

“Vocês mesmos já ouviram isso mais de uma vez: eles estão trabalhando para desenvolver capacidades nucleares, avançando rapidamente nesse desenvolvimento e construindo armamento convencional em quantidades muito, muito grandes”, disse ele às tropas. “É isso que pretendemos degradar, interromper e eliminar essa ameaça”, afirmou o chefe da Diretoria de Inteligência Militar.

Segundo a IDF, este centro para enriquecimento de urânio tinha o objetivo de “desenvolver capacidade para armas nucleares e abrigava a infraestrutura necessária para o enriquecimento de urânio em níveis militares”.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que o Irã conseguiu enriquecer urânio o suficiente para produzir nove bombas atômicas com este território.

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