“Israel não sairá ileso”, declara líder iraniano após bombardeios

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, fez um pronunciamento nesta sexta-feira (13/6) e prometeu retaliação contundente a Israel, após uma série de ataques aéreos contra instalações estratégicas iranianas. “Israel não sairá ileso”, declarou o clérigo, que classificou a ofensiva como um “crime” que trará um “destino doloroso” ao Estado judeu.

Neste momento, duas cidades israelenses, Tel Aviv e Jerusalém, estão sob bombardeio intenso. A informação foi confirmada pelas forças israelenses, via X.

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A operação militar israelense iniciou na noite dessa quinta-feira (12/6) e deixou pelo menos 80 mortos, entre eles alguns dos principais comandantes das Forças Armadas iranianas e cientistas ligados ao programa nuclear do país.

Segundo o governo israelense, os bombardeios tinham como alvo centros de desenvolvimento nuclear e unidades do sistema de mísseis balísticos da República Islâmica.

Entre os mortos estão o general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior iraniano, e o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica — unidade responsável pelas operações externas do regime, incluindo apoio a grupos como Hamas, Hezbollah e Houthis.

Também foi morto Esmail Qaani, líder da Força Quds, braço de elite que articula ações com movimentos islâmicos estrangeiros.

Em resposta imediata, Khamenei nomeou novos comandantes. O general Abdolrahim Mousavi, até então chefe do Exército, assumiu o Estado-Maior, enquanto o comando da Guarda Revolucionária passou a ser exercido por Mohammad Pakpour, antigo líder das forças terrestres do mesmo braço militar.

Ofensiva

A ofensiva, que mobilizou cerca de 200 caças israelenses, é considerada a maior já registrada contra o Irã desde a guerra com o Iraque nos anos 1980. Explosões foram registradas em várias partes da capital Teerã, mergulhando a cidade em uma noite de caos e pânico.

Segundo fontes militares citadas pelo jornal Haaretz, o Irã respondeu com o lançamento de mais de 100 drones contra Israel. Muitos deles foram interceptados por forças de defesa aérea da Jordânia e da Arábia Saudita, enquanto outros foram abatidos por navios da Marinha israelense no Mar Vermelho.

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