Tel Aviv, 13 de junho de 2025 — Uma revelação explosiva da CNN jogou luz sobre uma prática controversa de Israel: abrigar instalações militares sensíveis no coração de áreas civis. O alvo? Nada menos que a sede do Mossad, a poderosa agência de inteligência israelense, localizada na parte norte de Tel Aviv, uma das regiões mais densamente povoadas do país.
A exposição ocorre em meio à escalada de ataques entre Irã e Israel, que transformou o Oriente Médio em um barril de pólvora prestes a explodir. Enquanto os mísseis iranianos cruzam os céus, a população civil de Tel Aviv descobre, da pior maneira, que vive lado a lado com um dos maiores alvos estratégicos do planeta.
A estratégia: escudo humano urbano
A decisão de instalar a sede do Mossad no meio de prédios residenciais, escritórios e comércios não é acidental. Trata-se de uma tática militar conhecida como “esconder-se à vista”, usada para dificultar que inimigos detectem e ataquem instalações estratégicas.
Mas essa escolha tem um custo. Segundo especialistas em direito internacional, posicionar alvos militares dentro de centros urbanos viola princípios básicos das Convenções de Genebra, que determinam que operações militares devem, sempre que possível, proteger civis dos efeitos da guerra.
“O risco é deliberado. Quando você coloca um quartel-general de inteligência em uma área densa, você transforma todos ao redor em escudos humanos involuntários”, afirma ao Diário Carioca a pesquisadora em direito internacional Lina Khoury, da Universidade de Beirute.
Israel reage, mas ignora as próprias práticas
Em comunicado, as Forças Armadas de Israel acusaram o Irã de atacar civis israelenses. “O mundo não pode permanecer em silêncio”, diz a nota oficial. No entanto, o que não mencionam é que parte do risco aos civis decorre das próprias escolhas estratégicas do governo israelense.
Tel Aviv, além de ser o centro financeiro do país, também concentra instalações militares, bases de inteligência e sedes administrativas. A combinação entre poder militar e vida civil cria uma linha tênue entre segurança nacional e possível crime de guerra.
Quando a guerra chega à porta de casa
O conflito atual não é um evento isolado. A mesma estratégia foi adotada por Israel em diversas ofensivas anteriores, como no ataque devastador à cidade de Khan Younis, na Faixa de Gaza, que em maio foi bombardeada mesmo sendo refúgio de milhares de palestinos deslocados.
A lógica de utilizar zonas urbanas como proteção militar se repete, seja em Tel Aviv ou em Gaza. A diferença? Quem controla o discurso internacional sobre quem é terrorista e quem é “defensor”.
Irã contra-ataca e mira Tel Aviv
Após prometer “vingança implacável”, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, autorizou ataques contra alvos israelenses, incluindo Tel Aviv. A sede do Mossad entrou na lista — e, com ela, os riscos para milhares de civis que, até então, não sabiam conviver tão próximos da guerra.
Fontes como RT News relatam incêndios e danos nas proximidades do Ministério da Defesa em Tel Aviv, apesar dos esforços dos sistemas de defesa Arrow e Iron Dome. Enquanto isso, nas redes sociais, vídeos mostram prédios civis afetados, alimentando críticas internacionais.
O que diz o direito internacional?
De acordo com especialistas consultados pelo Diário Carioca, abrigar um alvo militar em uma área civil pode ser considerado uma violação do direito humanitário internacional, sobretudo se não houver esforços claros para minimizar riscos à população.
“Se civis são colocados em risco para proteger ativos militares, isso se configura como uso ilegal de escudo humano, algo condenado pelas Nações Unidas em múltiplas resoluções”, explica Rami Haddad, especialista da Anistia Internacional.
Silêncio, hipocrisia e geopolítica
A prática de Israel levanta uma pergunta desconfortável: por que, quando isso é feito por grupos como Hamas ou Hezbollah, é prontamente rotulado como “terrorismo”, mas, quando parte do exército israelense, é tratado como legítima defesa?
A resposta, segundo analistas, está na geopolítica, no controle das narrativas e na conivência de potências como os Estados Unidos e membros da União Europeia, que seguem fechando os olhos para violações sistemáticas do direito internacional — desde que praticadas pelos aliados certos.
O Carioca Esclarece
Instalar alvos militares em áreas civis é uma prática condenada pelo direito internacional, mas frequentemente ignorada quando se trata de Israel, revelando o duplo padrão das potências ocidentais.
FAQ — Entenda o caso:
Por que a sede do Mossad está em área civil?
É uma estratégia militar conhecida como “esconder-se à vista”, que dificulta ataques inimigos, mas coloca civis em risco.
Isso viola o direito internacional?
Sim. Segundo as Convenções de Genebra, operações militares devem proteger civis. Usar áreas civis como escudo pode ser considerado crime de guerra.
Outros países fazem isso?
Embora essa prática ocorra em alguns conflitos, ela é condenada universalmente quando exposta. A diferença é que, no caso de Israel, há silêncio das grandes potências.