Fiocruz alerta para crescimentos de casos de SRAG entre idosos e crianças de 2 até 4 anos

 

Os casos de  Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) em crianças de 2 até 4 anos seguem em crescimento nas cidades de Aracaju (Sergipe). O alerta é do novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na quinta-feira, 13. O estudo chama atenção para o fato de que este ano, até o momento, o número de casos de SRAG no país tem sido consideravelmente maior do que o observado nos dois últimos anos.

Entre as semanas epidemiológicas 19 e 22, o número de casos de SRAG quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado, registrando um aumento de 91%. Essa alta atípica de ocorrências se concentra principalmente nos estados das regiões Centro-Sul. A influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) têm causado o maior número de hospitalizações por SRAG, que seguem aumentando em boa parte do país.

Pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portella destaca a influenza A que têm causado o maior número de casos de SRAG no país, afetando todas as faixas etárias, mas com maior impacto nos idosos. Além disso, o VSR também tem contribuído para a alta de casos de SRAG no país, sendo este a principal causa de hospitalização de crianças pequenas.

“Por isso, a gente reforça a importância da vacinação contra a gripe. Essa é a principal forma de prevenir casos graves e óbitos da doença. Com uma boa cobertura vacinal, conseguimos diminuir esse número de hospitalizações no país”, afirma a pesquisadora. Portella também recomenda etiqueta respiratória em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, além do uso de máscaras dentro de postos de saúde e locais fechados com muita aglomeração de pessoas.

Os casos de SRAG em crianças pequenas, associados ao VSR, também seguem em crescimento na maior parte do país.

A análise indica que 21 das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo. São essas: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

A atualização também verificou que  17 das 27 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco com sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Aracaju (Sergipe), Belo Horizonte (Minas Gerais) Boa Vista (Roraima) Brasília (Distrito Federal), Curitiba (Paraná), Florianópolis (Santa Catarina),  Goiânia (Goiás), João Pessoa (Paraíba), Macapá (Amapá), Maceió (Alagoas), Manaus (Amazonas), Natal (Rio Grande do Norte), Porto Alegre (Rio Grande do Sul), Porto Velho (Rondônia),  Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Salvador (Bahia) e São Luís (Maranhão).

Os casos de SRAG em crianças de 2 até 4 anos seguem em crescimento nas cidades de Aracaju (Sergipe), Belo Horizonte (Minas Gerais), Boa Vista (Roraima), Curitiba (Paraná), Florianópolis (Santa Catarina), Goiânia (Goiás), João Pessoa (Paraíba), Maceió (Alagoas), Manaus (Amazonas), Porto Alegre (Rio Grande do Sul), Porto Velho (Rondônia), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e Salvador (Bahia).

Em relação aos idosos, observa-se um aumento em Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Além disso, Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Porto Velho, Rio de Janeiro e São Luís também apresentam tendência de crescimento na população de jovens e adultos.

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