Irã considera “injustificável” manter negociações nucleares com os EUA

Em meio à escalada do conflito com Israel, o governo do Irã indicou que não deve participar da nova rodada de negociações com os Estados Unidos sobre um possível acordo nuclear. A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Exteriores do país, Abbas Araghchi, neste sábado (14/6).

Negociações entre EUA e Irã

  • Desde que assumiu o governo dos EUA, Donald Trump diz que uma das prioridades da sua administração é impedir o avanço do programa nuclear do Irã.
  • Logo nos primeiros dias de seu segundo mandato, o líder norte-americano implementou uma “política de pressão máxima” contra Teerã por meio de novas sanções.
  • Em abril, EUA e Irã iniciaram negociações indiretas sobre um possível acordo nuclear entre os dois países. Ele incluiria o levantamento das sanções de Washington contra Teerã.
  • Os dois lados, no entanto, não chegam a um consenso sobre os termos do acordo. Os EUA colocam o fim do enriquecimento de urânio, por parte do Irã, como condição principal para o pacto. Teerã vê a exigência como inaceitável.
  • EUA e Irã chegaram a firmar um acordo nesse sentido em 2015. Trump, contudo, decidiu abandonar o pacto em 2018.

O chanceler iraniano conversou com a chefe de política externa da União Europeia, Kaya Kallas, e classificou os ataques israelenses como “resultado do apoio direto de Washington”. Por isso, Abbas afirmou que a continuação das negociações com os EUA, iniciadas em abril, é “injustificável”.

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Mais cedo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmaeil Baqaei, informou que Teerã ainda não havia decidido sobre a participação nas negociações previstas para acontecer neste domingo (15/6), em Omã.

Apesar de ter sido avisado previamente sobre a operação israelense contra o Irã, o presidente dos EUA, Donald Trump, nega qualquer envolvimento norte-americano no ataque. 

De acordo com a mídia estatal iraniana, 78 pessoas morreram e outras 320 ficaram feridas desde o início da ofensiva israelense. Já o governo de Benjamin Netanyahu confirmou 3 mortes na capital de Israel, Tel Aviv, alvo de ataques retaliatórios do Irã. 

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