Bira Presidente, fundador do Cacique de Ramos e do grupo Fundo de Quintal, morreu no sábado (14/6), aos 88 anos, no Rio de Janeiro. O músico enfrentava um câncer de próstata e também sofria com o avanço do Alzheimer. Ele foi uma das figuras mais importantes do samba, tendo deixado um legado que atravessa gerações.
A notícia de sua morte gerou grande comoção nas redes sociais, onde artistas, músicos e personalidades ligadas ao samba prestaram homenagens e ressaltaram a importância de Bira para a cultura popular brasileira.
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Fábia Oliveira
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Famosos lamentaram a morte
Por meio do espaço de comentários da nota de pesar pelo falecimento de Bira Presidente, famosos prestaram homenagens. “Obrigado, mestre. Descanse em paz”, escreveu o cantor Marcelo D2. “Descanse em paz, querido presidente. Essa sensação de perda dos grandes mestres é ruim demais! Vai deixar saudades. Obrigado por tudo”, lamentou o cantor Buchecha.
O cantor Belo também fez questão de deixar sua mensagem de pesar: “Descanse em paz, nosso Presida amado! Eterno Bira! Obrigado por tanto”. Já Xande de Pilares não conseguiu esconder sua surpresa com a notícia da morte de Bira Presidente: “Me faltam palavras”, escreveu ele.
Nota confirmou falecimento do músico
Bira Presidente, fundador do Cacique de Ramos e do grupo Fundo de Quintal, morreu aos 88 anos na noite de sábado (14/6), no Rio de Janeiro. Ele enfrentava um câncer de próstata e Alzheimer, conforme nota oficial do Grêmio Recreativo Cacique de Ramos.
O comunicado informa que o percussionista faleceu às 23h55, no Hospital da Unimed Ferj, na Barra da Tijuca, em decorrência das complicações dessas doenças.
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Vida e carreira
Ícone do samba carioca, Bira — nome artístico de Ubirajara Félix do Nascimento — deixa um legado marcante tanto como liderança comunitária quanto como músico. Natural de Ramos, ele foi responsável pela criação do bloco carnavalesco em 1961, mantendo-se como seu único presidente até o fim da vida.
No fim dos anos 1970, impulsionou a criação do Fundo de Quintal, grupo que inovou ao introduzir instrumentos como tantã e banjo às rodas de samba, influenciando gerações.
Pai de duas filhas e avô de dois netos, Bira conciliou sua carreira artística com o serviço público durante décadas. Além de tocar em gravações históricas — como no álbum De Pé no Chão, de Beth Carvalho — ele era torcedor do Flamengo e apreciador da dança de salão. Sua trajetória se encerra deixando o legado de um dos grandes pilares da cultura popular brasileira.
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