Teerã, 15 de junho de 2025 – O Irã afirmou ter abatido dez caças de Israel, incluindo modelos F-35, e ainda ter forçado um destróier da Marinha do Reino Unido, o HMS Duncan, a abandonar sua rota no Golfo Pérsico. A informação foi divulgada neste sábado (14) pela agência Mehr News e pela emissora estatal Press TV. Até o momento, nem Tel Aviv nem Londres se pronunciaram oficialmente sobre os relatos.
O governo iraniano também confirmou o lançamento de mísseis contra instalações estratégicas israelenses, como depósitos de combustível para aeronaves, linhas de energia e centros de telecomunicações militares. Como resposta, Israel intensificou seus bombardeios sobre Teerã, atacando supostos centros de desenvolvimento nuclear e navios-tanque.
A crise teve mais um capítulo neste domingo (15), quando o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, declarou que seu país “não busca ampliar o conflito” e que qualquer escalada é responsabilidade direta de Israel e dos Estados Unidos. “Internacionalizar a guerra é um erro estratégico. Se Israel cessar seus ataques, o Irã também cessará imediatamente suas operações defensivas”, afirmou Araqchi em pronunciamento transmitido pela Press TV.
O chanceler também acusou diretamente os Estados Unidos de estarem operando nos bastidores dos ataques israelenses, exigindo que Washington se retire do conflito e condene publicamente os bombardeios contra instalações nucleares iranianas. “Se os EUA não querem uma guerra regional, devem se posicionar contra a agressão israelense”, reforçou.
De acordo com o Diário Carioca, os bombardeios iranianos ocorrem em retaliação à ofensiva lançada por Israel na última quinta-feira (12), que mirou instalações ligadas ao programa nuclear do Irã. Esse ataque inicial, segundo analistas, representou uma mudança drástica na estratégia israelense, que passou de ameaças verbais a ações militares diretas.
A escalada, que já dura quatro dias, tem saldo trágico: o Irã reporta ao menos 78 mortos e 320 feridos, enquanto Israel confirma 13 mortes e mais de 380 feridos. A crescente tensão alarma a comunidade internacional, que teme uma guerra regional envolvendo outras potências, como Arábia Saudita, Rússia, China e os próprios Estados Unidos.
Fontes da diplomacia europeia, ouvidas pela agência Reuters, afirmam que negociações emergenciais estão sendo conduzidas nos bastidores para tentar evitar que o conflito se espalhe para outros países do Oriente Médio.
O episódio envolvendo o destróier britânico agrava ainda mais o quadro. Segundo informações da imprensa iraniana, o HMS Duncan tentava atravessar o Estreito de Ormuz, ponto estratégico para o comércio mundial de petróleo, quando foi interceptado por embarcações da Marinha do Irã e obrigado a recuar. Até o fechamento desta reportagem, o Ministério da Defesa do Reino Unido não havia se manifestado oficialmente.
O Diário Carioca acompanha a escalada com atualizações em tempo real, à medida que cresce o risco de um confronto militar de grandes proporções no Oriente Médio.
O Carioca Esclarece: As informações divulgadas são baseadas em fontes oficiais do governo iraniano, que não foram confirmadas até o momento por Israel ou Reino Unido.
Entenda o conflito Irã x Israel
O Irã realmente derrubou 10 caças israelenses?
O governo iraniano afirma que sim, mas até agora não há confirmação independente nem pronunciamento oficial de Israel. Fontes ocidentais tratam a informação com cautela.
Por que o destróier britânico estava no Golfo Pérsico?
Navios da OTAN costumam patrulhar a região sob pretexto de segurança marítima, especialmente na proteção das rotas de petróleo. O Irã considera essas ações como provocação.
Há risco de uma guerra regional?
Sim. Especialistas alertam que, se não houver contenção imediata, o conflito pode envolver outros países do Oriente Médio e até potências globais como EUA, Rússia e China.