Sonda Voyager 1 volta a “conversar” com a NASA após falha

A sonda Voyager 1 está finalmente voltando a se comunicar com sua equipe. No sábado (20), os cientistas da NASA publicaram novidades sobre a situação da sonda e explicaram que ela ainda não está enviando dados científicos válidos para a Terra. Por outro lado, a Voyager está transmitindo informações sobre o estado dos seus sistemas de engenharia.

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Isso significa que os membros podem finalmente verificar como está a “saúde” da sonda, o objeto artificial mais longe de nós em toda a história. Para os próximos passos, eles vão tentar fazer a Voyager 1 enviar dados científicos outra vez. 

O desfecho é o resultado de um problema observado primeiro em novembro de 2023, quando a sonda parou de enviar dados científicos e de engenharia compreensíveis. Mesmo assim, os controladores da missão sabiam que ela estava recebendo os comandos, ou seja, seus sistemas estavam funcionando normalmente. 


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Foi somente em fevereiro que os engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da NASA, confirmaram que a falha estava relacionada ao subsistema de dados de voo (FDS, na sigla em inglês), um dos computadores de bordo da espaçonave. Antes de os dados de engenharia e ciência serem enviados à Terra, eles são agrupados pelo FDS.

Representação da Voyager 1, lançada em 1977 (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)

A equipe concluiu que um chip responsável por armazenar parte da memória do FDS não está funcionando, e a falta do código tornou inúteis os dados de engenharia e ciência. Como não é possível consertar o chip, eles preferiram levar o código afetado para outra parte da memória do FDS.

Para isso, eles dividiram o código afetado em diferentes partes e fizeram ajustes para garantir que funcionem como um todo. A espaçonave se comunicou com a equipe outra vez no último sábado, mostrando que o procedimento deu certo. Agora, eles vão tentar reajustar outras partes afetadas do FDS.

Sondas Voyager

As sondas gêmeas Voyager 1 e 2 foram lançadas em 1977 e são as espaçonaves com o tempo de operação mais longo de todos, sendo também as mais distantes da Terra. Ambas sobrevoaram Saturno e Júpiter, e a Voyager 2 passou por Urano e Netuno. 

Em 2012, a Voyager 1 fez história ao chegar ao espaço interestelar, nome dado à região repleta de material vindo de estrelas próximas que encerraram seus ciclos há bilhões de anos. Já a Voyager 2 chegou ao espaço interestelar em novembro de 2018.

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