O Alzheimer é uma doença que compromete funções cognitivas, a memória e ocasiona uma série de sintomas neuropsiquiátricos. Por ser um problema neurodegenerativo progressivo, o quadro piora com o tempo e precisa ser tratado. Apesar de vários fatores estarem associados ao seu surgimento, um hábito simples pode ajudar a prevenir o desenvolvimento da doença.
Em um vídeo publicado no TikTok, Robert W.B. Love, neurocientista e especialista em Alzheimer, compartilhou uma forma inusitada de prevenir a doença. Ele revelou que cultivar relacionamentos saudáveis ajuda a diminuir os riscos de desenvolver o transtorno neurodegenerativo. Clique aqui para assistir ao vídeo.
“Ter relacionamentos saudáveis é uma das melhores coisas que você pode fazer pela sua saúde geral, pela saúde do seu cérebro e ainda ajuda a reduzir o risco da doença de Alzheimer.”
Robert W.B. Love
Entre os sintomas iniciais da doença de Alzheimer estão pequenos problemas de memória, alteração de personalidade, confusão e desorientação. O desenvolvimento do quadro está relacionado a diversos fatores como genética, idade, lesões na cabeça, doenças cardiovasculares e também ao acúmulo de duas substâncias no cérebro, amilóide e tau.

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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas
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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença
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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida
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Significado na vida
Love citou alguns motivos pelos quais os relacionamentos ajudam a evitar o problema de saúde. “Bem, número um, os relacionamentos nos dão propósito e significado na vida”, disse ele. “Ter um propósito e significado na vida não é apenas ótimo para a sua saúde, mas também é ótimo para a sua saúde mental e ajuda a reduzir o risco de Alzheimer”, acrescentou.
De acordo com o neurocientista, os bons relacionamentos ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade. “Os humanos são criaturas sociais. Precisamos estar perto de pessoas amorosas. E estes são familiares ou amigos, então isso é muito importante”, destacou.

Além disso, Love disse que a solidão é um dos maiores fatores de risco para doenças e que pode ser “tão ruim para a saúde quanto fumar ”. “Ter bons relacionamentos é uma ótima maneira de ajudar a prevenir a solidão”, ressaltou.
O especialista não é o único que associa a solidão a quadros de declínio cognitivo e demência. Um estudo, publicado na revista Neurology em 2020, descobriu que pessoas solitárias com idades entre 60 e 79 anos tinham três vezes mais probabilidade de desenvolver demência do que as pessoas que não relataram sentir-se sozinhas.
Problemas como tamanhos cerebrais menores e habilidades de funções executivas mais deficientes, como a capacidade de planejar, focar a atenção e lembrar instruções também podem estar relacionadas à solidão.
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