Milei convoca governadores para debater “nova ordem econômica”

O presidente da Argentina, Javier Milei, convocou, nesta sexta-feira (1º/3), todos os governadores para tentar firmar um novo acordo para a “ordem econômica” do país como condição para aprovação das leis bases e pontos de partida para a liberdade dos argentinos e um novo pacto fiscal.

Milei discursou na abertura das sessões ordinárias do Congresso Nacional argentino, onde criticou a classe política e defendeu corte de gastos implementados pela sua gestão.

“Quero convocar os governadores e ex-presidentes no dia 25 de maio em Córdoba para estabelecer 10 princípios da nova ordem econômica”, afirmou o presidente argentino.

No entanto, antes, Milei desafiou os governadores argentinos. “Não escapamos do confronto: encontraram com um animal muito diferente. Não temos ambição de poder, temos sede de mudança. Se o que buscam é o conflito, conflito terão”, enfatizou.

Jair Milei também declarou que o Estado argentino é ineficaz. “Um sistema corrupto que termina com dinheiro no bolso dos políticos, uma organização criminosa para que haja propina para os políticos da vez.”

O presidente argentino criticou ainda “empresários que querem pagar propina porque não precisam ser competitivos”. Ele disse que a política do país é “um sistema injusto, que só pode gerar pobres e produz uma casta privilegiada”.

“Repito que um sistema que fez tanto dano é um esquema consciente, o que eu chamo de modelo da casta. A casta expropria [dinheiro] dos argentinos de bem e dá aos amigos”, destacou o líder argentino.

Economia

Em meio às falas duras contra governadores e a classe política, Milei anunciou “um novo pacto fundador” que possui 10 pontos. São eles:

  1. Inviolabilidade da propriedade privada;
  2. Equilíbrio fiscal inegociável;
  3. Redução dos gastos públicos a 25% do PIB;
  4. Reforma tributária com redução da pressão impositiva;
  5. Redução da coparticipação;
  6. Compromisso das províncias para avançar na exploração de recursos naturais;
  7. Reforma trabalhista moderna que promova o trabalho formal;
  8. Reforma previdenciária sustentável que respeite quem contribui;
  9. Reforma política estrutural; e
  10. Abertura ao comércio internacional.
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