Estudo com ratos faz primeiro transplante de rim entre fetos

Depois do primeiro cérebro híbrido de rato e camundongo, outro estudo com roedores chega no último dia 20 para fazer história ao relatar o primeiro transplante de rim entre fetos (ou seja, de um feto para outro) enquanto ainda estavam no útero.

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O artigo escrito por cientistas japoneses e disponibilizado, ainda sem revisão por pares, na bioRxiv, diz que esse transplante de tecido renal foi um sucesso, que inclusive pode abrir portas para transplantes em humanos.

Por falar em complicações, o que guiou a elaboração dos experimentos foi uma condição chamada síndrome de Potter, que afeta o desenvolvimento dos rins.


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A grande questão em torno dessa síndrome é que os bebês afetados não costumam sobreviver por tempo suficiente para receber um tratamento. Uma solução na mira dos cientistas é o transplante de rins fetais de porco em fetos humanos. Por isso o sucesso desse primeiro transplante com os ratinhos é visto com tanto otimismo.

No relatório divulgado pela Nature, os cientistas afirmam que “o projeto é o primeiro desse tipo” e que “os dados são animadores”. Mas existe uma longa trajetória pela frente. O estudo não foi nem revisado ainda, por exemplo.

Transplante de rim entre ratos

De qualquer forma, o procedimento funcionou assim: a primeira etapa foi anestesiar as mães. Em seguida, remover os rins dos fetos e injetar através da parede uterina.

Para que pudessem verificar se o tecido foi transferido com sucesso, os cirurgiões tiveram uma ideia criativa: os rins foram marcados com uma proteína verde fluorescente.

Tecido renal em transplante entre fetos (Imagem: Morimoto et al, 2024/Nature)

Ao todo, nove fetos participaram do estudo. Só um não teve rastros da proteína fluorescente ao nascer. Os rins se desenvolveram normalmente.

Quando falamos de transplantes, uma preocupação é sempre a rejeição por parte do organismo. Mas nesse caso, os pesquisadores tiveram uma surpresa positiva: os próprios vasos sanguíneos do rato hospedeiro começaram a crescer dentro do tecido do doador.

Isso significa que o organismo aceitou sem problemas, o que deixa os responsáveis pelo estudo ainda mais esperançosos de que seja um primeiro passo rumo a transplantes.

E um passo maior ainda na direção dos transplantes entre diferentes espécies — os cientistas também fizeram experiências com rins fetais de camundongos, o que também deu certo.

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