Paulo Miklos: ‘Tinha Titã que me ligava de madrugada para emplacar a música dele’

Uma das histórias mais famosas sobre os Titãs é sobre seu processo de escolha. Todas as escolhas tinham de ser unânimes. “Nos Titãs, era sempre oito a zero. Nada de sete a um, seis a dois”, diz o produtor e executivo musical Pena Schmidt –ele se refere, claro, à formação clássica do grupo.

A eleição era ainda mais conturbada na escolha de repertório para um novo disco. Como tinha excelentes compositores em sua formação, a seleção se transformava numa autêntica guerra. Pois em entrevista ao Sonoros Billboard, o cantor Paulo Miklos confessa que o processo incluía até lobby dos roqueiros. “Às vezes eu era acordado no meio da madrugada por algum dos músicos, pedindo para eu votar na canção dele que ele votaria na minha”, diverte-se. Paulo, claro, não falou quais eram os integrantes dos Titãs mais ansiosos na hora de emplacar suas criações.
Nas últimas duas décadas, o cantor e compositor tem se dividido entre o palco e a atuação. Desde que debutou no cinema como o marginal Anísio no filme “O Invasor”, de Breto Brant, que ele tem demonstrado talento como ator. A mais recente incursão cinematográfica de Miklos é na pele do sambista Adoniram Barbosa em “Saudosa Maloca”.
Miklos fala da atualidade do tema, visto que São Paulo hoje passa por um processo de gentrificação –o mesmo que coloca o chão a maloca habitada por Adoniram e os amigos Matogrosso e Joca. Previsto para estrear nos cinemas no dia 21 de março, “Saudosa Maloca” ainda traz muitos personagens do imaginário do compositor paulistano, como o Arnesto e Iracema.
Sonoros Billboard tem apresentação do produtor Dudu Borges e do jornalista Sérgio Martins.

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