Operação prende quadrilha que furtava tratores do agro paulista

São Paulo — A Polícia Civil cumpre, nesta quinta-feira (16/5), sete mandados de prisão e 12 de busca e apreensão no âmbito da Operação Porteira Fechada, que investiga um esquema milionário de furto de máquinas agrícolas em São Paulo e outros Estados.

Segundo o delegado Everson Contelli, seccional de Fernandópolis e um dos coordenadores da operação, os tratores furtados já saíam da roça com nota fiscal eletrônica e guia de transporte fraudadas. Entre os presos, de acordo com Contelli, há empresários que atuam no esquema há mais de uma década.

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Ação da Polícia Civil em Guariba (SP), onde foi deflagrada Operação Porteira Fechada
Divulgação/Polícia Civil de SP

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Empresário preso em São Carlos no âmbito da Operação Porteira Fechada, deflagrada pela Polícia Civil de SP
Divulgação/Polícia Civil de SP

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Policiais civis prenderam suspeito em São José do Rio Preto no âmbito da Operação Porteira Fechada
Divulgação/Polícia Civil de SP

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Os mandados foram cumpridos em cidades do interior de São Paulo, do Paraná e de Minas Gerais. Segundo a polícia, a organização criminosa tinha uma logística de transporte interestadual e até internacional das máquinas agrícolas, incorrendo, além do furto, em crimes tributários.

De acordo com as investigações, o grupo está envolvido no furto de pelo menos 12 tratores no último ano, num prejuízo aproximado de R$ 3,6 milhões ao agronegócio paulista.

Em um trabalho de análise fiscal de integrantes da organização, a polícia descobriu que um dos presos, um empresário de 45 anos, apresentava atividade financeira incompatível com seus rendimentos.

Com faturamento mensal de R$ 2,5 mil, ele movimentava cerca de R$ 100 mil em suas contas — os valores, segundo a polícia, seriam provenientes da venda ilegal de tratores.

A operação foi deflagrada após seis meses de investigações, que começaram após o furto, em dezembro, de uma pá-carregadeira avaliada em R$ 350 mil na cidade de Indiaporã, no interior de São Paulo.