Com impacto da tragédia no RS, Fazenda sobe estimativa para a inflação

O Ministério da Fazenda afirmou que a calamidade no Rio Grande do Sul terá impactos sobre a inflação do país em 2024, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Boletim apresentado nesta quinta-feira (16/5) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) trouxe aumento na estimativa para a inflação deste ano, que avançou de 3,50%, em março, para 3,70%, agora em maio. Para 2025, a projeção também aumentou, de 3,10% para 3,20%.

Segundo a pasta, o aumento reflete tanto os efeitos da depreciação cambial recente (a alta do dólar), quanto os impactos das fortes chuvas no estado gaúcho.

“O aumento nas estimativas para a inflação captura tanto os efeitos da depreciação cambial recente nos preços livres como os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul na oferta e nos preços de produtos in natura, arroz, carnes e aves. Os preços desses alimentos devem subir de maneira mais pronunciada nos próximos dois meses, mas parcela relevante desse aumento deve ser devolvida nos meses seguintes, com a normalização da oferta.”

“Os preços desses alimentos devem subir de maneira mais pronunciada nos próximos dois meses, mas parcela relevante desse aumento deve ser devolvida nos meses seguintes, com a normalização da oferta”, estima a pasta chefiada pelo ministro Fernando Haddad.

PIB

No mesmo documento, a equipe econômica diz que ainda não é possível considerar os impactos dos eventos na atividade econômica. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2024 saltou de 2,2% para 2,5%. Para 2025, foi mantida a projeção de crescimento de 2,8%.

A pasta salienta que nessa estimativa ainda não estão considerados os impactos da calamidade estado gaúcho na economia brasileira.

“A magnitude do impacto depende da ocorrência de novos eventos climáticos, de transbordamentos desses impactos para estados próximos e do efeito de programas de auxílio fiscal e de crédito nas cidades atingidas pelas chuvas”, prossegue a secretaria.


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O PIB gaúcho representa 6,5% no PIB brasileiro, e deverá registrar perdas principalmente no segundo trimestre, que, na visão da Fazenda, serão parcialmente compensadas ao longo dos trimestres posteriores.

Atividades ligadas à agropecuária e indústria de transformação deverão ser as mais afetadas a nível nacional, por serem mais representativas no PIB do estado que no PIB brasileiro.

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