O senador Fabiano Contarato (PT-ES) e as deputadas federais Erika Hilton (PSol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) pedem respeito e lembram da importância de políticas públicas voltadas para proteção da comunidade LGBTQIA+ durante o Dia Internacional Contra a LGBTfobia, celebrado nesta sexta-feira (17/5).
O Congresso Nacional conta com poucos representantes da comunidade LGBT, sendo apenas Fabiano Contarato, um homem gay, no Senado Federal, e quatro deputadas na Câmara dos Deputados.
Pela primeira vez, o Brasil possui duas deputadas trans, sendo elas Duda Salabert e Erika Hilton. A bancada LGBT na Casa Baixa é reforçada pelas parlamentares Dandara (PT-MG), que é bissexual, e Daiana Santos (PCdoB-RS), lésbica.
Contarato pediu união para combater o assassinado de pessoas LGBTs. “Hoje é o dia internacional contra a homofobia. Um dado que serve para lembrar o tanto que ainda temos que avançar como sociedade. Não podemos aceitar que, a cada 38 horas, uma pessoa seja morta neste país simplesmente por causa da orientação sexual dela”, escreveu o senador na rede social X, antigo Twitter.
Duda Salabert, pré-candidata para prefeitura de Belo Horizonte (MG), relembrou a história do 17 de maio e salientou que considerar a homossexualidade como doença gerou uma concepção equivocada por parte da sociedade.
“Hoje, no dia 17 de maio, comemoramos o dia internacional de luta contra a LGBTfobia. Nesse dia, em 1990, a homossexualidade foi oficialmente retirada da Classificação Internacional de Doenças, deixando de ser considerada uma patologia mental”, afirmou a deputada mineira.
“Estamos em ano eleitoral, e as principais mudanças ocorrem na política. Nesse sentido, é fundamental elegermos uma bancada de vereadores e prefeitos comprometidos com os direitos humanos das pessoas e famílias LGBT+”, completou a pré-candidata à prefeitura de BH.
Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID). Por causa do movimento histórico, a data foi escolhida para representar o combate à LGBTfobia.

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A sigla LGBTQIAPN+ é utilizada para representar pessoas que são lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, intersexo, assexuais, pansexuais e não-binárias, por exemplo, em uma só comunidade
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Além disso, trata-se de um movimento que tem como um dos principais objetivos lutar por direitos, por novas formas de identificação e contra qualquer tipo de discriminação
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Segundo integrantes da comunidade, a sigla representa posicionamento de luta, resistência e orgulho
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A letra L faz menção às lésbicas, ou seja, mulheres que se relacionam com mulheres
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A letra G refere-se a palavra Gay, utilizada para descrever homens que se sentem atraídos por outros homens. Assim como no caso de pessoas lésbicas, não precisa ter tido, necessariamente, experiências sexuais com outras pessoas do mesmo sexo para se identificar como gay
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A letra B representa os bissexuais, pessoas que se relacionam tanto com pessoas do mesmo gênero quanto do gênero oposto
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A letra T refere-se aos transsexuais, transgêneros e travestis, que não se identificam com o gênero pelo qual foi determinado ao nascimento
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A letra Q faz alusão às pessoas Queer, termo inicialmente utilizado de forma pejorativa, mas que acabou sendo adotado pela comunidade de forma a abraçar todos que não se encaixem dentro da heterocisnormatividade
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A letra I representa as pessoas diagnosticadas como intersexo. O termo é utilizado para descrever pessoas que nascem com características genéticas e físicas diferentes das definições biológicas comuns
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A letra A faz menção às pessoas assexuais, que não sentem atração sexual por outras pessoas, mas podem sentir interesse afetivo e namorar, por exemplo
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A letra P refere-se aos pansexuais, pessoas que desenvolvem atração física e desejo sexual por outras pessoas independentemente de sua identidade de gênero
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A letra N representa os não-binários, ou seja, que não se identificam com um gênero específico ou que não têm gênero
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O símbolo + é utilizado para abranger pessoas não-cis que não se consideram trans ou não-binárias, por exemplo, e por todas as outras orientações que não são hétero
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Erika Hilton destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) instaurou, em 2010, 17 de maio como o Dia Nacional de Combate à Homofobia, mas ponderou que a comunidade ainda padece de políticas públicas.
“Um dia de reflexão, organização e resistência a favor dos direitos de nossa comunidade, que ainda padece de políticas públicas específicas e de combate à violência e a intolerância”, disse a deputada.
Para ressaltar a necessidade de combate a LGBTfobia, o Congresso receberá nesta sexta uma projeção com as cores da bandeira LGBTQIA+ e da bandeira do movimento trans.