Maior meteorito do mundo pode estar coberto por duna

Em 1916, um meteorito de 4,5 foi encontrado no topo de uma montanha de ferro na África. Ele parecia fazer parte de alguma rocha espacial com tamanho comparável ao do Cristo Redentor, que chega a 38 m de altura — e, curiosamente, o objeto nada discreto desapareceu sem deixar rastros. Agora, cientistas do Reino Unido podem estar mais próximos de resolver este mistério, pois sugerem que há poucos lugares onde o objeto pode estar, caso exista. 

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Tudo começou quando, em 1916, o oficial francês Gaston Ripert relatou a colegas que encontrou um meteorito enorme no deserto fora da cidade de Chinguetti, no planalto de Adrar. Segundo ele, condutores de camelos teriam descrito o objeto como uma “colina de ferro”. 

Pois bem, Ripert partiu em uma missão noturna junto de um chefe local que o acompanhou — mas, segundo traduções do ocorrido, o chefe o proibiu de levar uma bússola ou colocou uma venda em seus olhos. 


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Pedaço do meteorito Chinguetti (Imagem: Reprodução/Claire H/Flickr/CC-BY-SA-2.0)

Os relatos de Ripert descrevem que tal “montanha” tinha pelo menos 100 metros de comprimento e 40 metros de altura. Para comparação, considere que o maior meteorito confirmado atualmente é Hoba, que mede 2,7 metros de comprimento. Para cientistas, só a queda de uma rocha espacial poderia explicar o objeto no deserto.

O oficial descreveu que a montanha tinha “agulhas” metálicas, que tentou remover usando a amostra do meteorito menor que coletou, sem sucesso. É possível que tais formações sejam as chamadas Estruturas de Thomson, confirmadas somente 80 anos depois da descoberta do objeto. 

No fim, o meteorito foi chamado de Chinguetti devido à cidade homônima por perto. Desde 1924 foram feitas várias tentativas de encontrar tal montanha gigante de ferro, mas nenhuma conseguiu identificar o lugar para onde Ripert foi levado. 

Onde está o maior meteorito do mundo?

É aqui que entra o novo estudo. Através de dados de radar, modelos de elevação digitais e entrevistas com condutores de camelos, os autores tentaram determinar possíveis áreas para onde Ripert pode ter sido levado, com base em seu relato. 

Mapa indicando onde o meteorito Chinguetti pode estar (Imagem: Reprodução/Warren et al. 2024)

Eles descobriram que, se o meteorito gigante existir, ele deve estar coberto por uma duna de pelo menos 40 metros de altura. A equipe identificou algumas áreas de interesse e solicitou um levantamento aeromagnético delas, mas por enquanto, ainda não receberam acesso aos dados. 

“Os dados aeromagnéticos na região ao sul de Chinguetti […] podem finalmente resolver a questão da existência do meteorito Chinguetti de forma definitiva”, concluíram os autores. “Se o resultado for negativo, a explicação da história de Ripert vai permanecer sem solução, no entanto, e os problemas das agulhas dúcteis e a descoberta coincidente do mesosiderito vão permanecer”, escreveram, no artigo. 

O artigo que descreve as descobertas foi publicado no repositório arXiv, sem revisão de pares.

Leia a matéria no Canaltech.

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