Mutirões de castração de pets resgatados na tragédia do Rio Grande do Sul viraram objeto de troca de acusações entre entidades e acabaram chegando ao Ministério Público. A Confederação Brasileira de Proteção Animal acusa o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) de “constranger e ameaçar veladamente profissionais voluntários” que fazem castração de animais resgatados das enchentes no Sul, endurecendo normas e criando “regras impossíveis de atuação”.
Com a tragédia, milhares de pessoas e animais no Rio Grande do Sul perderam as casas e tiveram de ir para abrigos. Nos locais destinados aos pets, há superlotação e preocupação com a reprodução descontrolada. Porém, nos últimos dias, o CFMV publicou uma nota que reconhece essa condição, mas alerta que “mutirões de castração podem representar riscos significativos para os animais”.

Abrigo temporário para os animais resgatados após as enchentes causadas pelos temporais que atingem o Rio Grande do Sul RS enchente inundação 16
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Na última quinta-feira (9/5), o governo anunciou a antecipação de pagamentos do Bolsa Família, auxílio-gás e da restituição do Imposto de Renda para moradores do estado
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Mais de 500 mil pessoas seguem desalojadas e mais de 80 mil estão em abrigos
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O Conselho Federal de Medicina Veterinária argumenta, por exemplo, que condições de higiene e segurança em meio a uma crise podem ser comprometidas, que cada animal pode apresentar condições de saúde pré-existentes, que aumentam o risco de complicações durante a cirurgia e que, inclusive em situações de desastres em massa, “é fundamental obter o consentimento informado do responsável legal pelo animal antes de realizar qualquer intervenção cirúrgica.
“Neste momento, muitos dos tutores não tiveram condições de resgatar seus animais nos abrigos; portanto, não tem condição de autorizar procedimentos eletivos como o da castração. Neste cenário, existe ainda uma insegurança jurídica aos profissionais que estão na linha de frente, caso participem de iniciativas para além daquelas prioritárias e essenciais à preservação da vida e do bem-estar dos animais nesta condição provisória”, destaca a nota do CFMV.
Já a Confederação Brasileira de Proteção Animal alega que o Conselho, “ao invés de ajudar, vem dificultar, constranger e ameaçar”. “A entidade dos animais protocolou na tarde deste sábado (18/5) denúncia no MP do RS, MP Federal e Defensoria Pública da União (DPU), onde já tramita processo da Confederação dos Animais exigindo regras claras e razoáveis na resolução que trata do atendimento veterinário móvel, considerado uma necessidade dos municípios e regiões carentes ou em situação de emergência”, rebate a Confederação.
Também foi divulgada uma nota de repúdio ao CFMV, pedindo urgência para análise do caso. A presidente da entidade, Carolina Mourão, avalia ser necessária uma flexibilização das regras em nome dos atingidos e da urgência máxima em castrar esses animais.