Valor do TikTok nos EUA pode chegar a US$ 100 bi e não inclui o algoritmo

O Governo dos EUA já determinou que o TikTok precisa ser vendido a uma empresa estadunidense até o ano que vem para não ser banido no país. Aos poucos, alguns nomes manifestam interesse na compra da plataforma de vídeos, mas o processo não será barato: o site Wired indica que a rede poderia valer US$ 100 bilhões (cerca de R$ 500 bilhões) — e o montante não inclui o algoritmo do app.

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Um dos interessados seria o bilionário estadunidense Frank McCourt, que construiu parte de sua fortuna no meio imobiliário. McCourt é o atual dono do clube de futebol francês Olympique de Marseille e fundador do Project Liberty, uma iniciativa voltada a aumentar o controle dos usuários de redes sociais sobre seus próprios dados.

O bilionário declarou publicamente o interesse na compra do TikTok na última semana, em conjunto com o banco Guggenheim Securities e o escritório Kirkland & Ellis. Apesar da avaliação dos US$ 100 bilhões, o magnata ainda não mencionou nenhum valor publicamente.


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Em nota, o Project Liberty afirma que a proposta pelo TikTok “oferece uma visão inovadora e alternativa da infraestrutura da plataforma, capaz de permitir que as pessoas retomem o controle de seus dados e identidades digitais ao propor uma migração para uma plataforma digital de código aberto”. A oferta é considerada pela iniciativa como “uma oportunidade trazer de volta o controle e os valores de volta para as mãos dos indivíduos e promover aos americanos escolha, uma voz significativa e uma parcela no futuro da web”.

À Wired, uma porta-voz do Project Liberty afirmou que os possíveis compradores ainda não entraram em contato com a ByteDance, controladora do TikTok. 

Governo dos EUA determinou a venda da operação do TikTok no país, mas rede social diz lutar contra a decisão (Imagem: Olivier Bergeron/Unsplash)

Algoritmo fica de fora

Vale ressaltar que os valores mencionados não incluem a compra do algoritmo da rede social, usado para determinar as recomendações no feed de cada conta da plataforma. O governo chinês impede que a ByteDance venda essa tecnologia a um comprador estrangeiro em respeito a regras estabelecidas após as primeiras sanções do ex-presidente Donald Trump à rede, em 2020. 

Portanto, a compra incluiria apenas o aplicativo e poderia representar algumas mudanças na interface, mas o algoritmo continuaria intacto.

EUA x TikTok

Uma lei do governo dos Estados Unidos, sancionada pelo presidente Joe Biden no dia 24 de abril, determina que a operação do TikTok no país seja vendida pela ByteDance a alguma empresa estadunidense — caso contrário, o app será banido na Terra do Tio Sam. A controladora teria até nove meses para encontrar um comprador, com a opção de prorrogar o prazo por mais 90 dias (ou seja, um ano). 

A lei é recente, mas a briga já dura muitos anos: começou em 2020, quando o ex-presidente Donald Trump acusou a plataforma de coletar dados dos usuários estadunidenses e enviá-los ao governo chinês. A situação já contou com audiências com o CEO, sanções, bloqueios em celulares vinculados ao governo dos EUA e, agora, a possibilidade de banimento.

O TikTok já disse que vai lutar contra o banimento e processou o governo dos EUA, então ainda não é uma certeza de que a rede será vendida. Para saber mais, confira todo o histórico da disputa entre o país e a rede social. 

Leia a matéria no Canaltech.

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