Corrupção e tráfico: quadrilha usa lotéricas para lavar R$ 106 milhões

A Polícia Federal (PF), junto à Receita Federal, deflagrou, nesta quarta-feira (6/3), a Operação Bilhete Premiado, para desarticular um grupo criminoso que usava casas lotéricas para lavar dinheiro nos municípios de Várzea Grande (MT), Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) e Pontes e Lacerda (MT).

As equipes cumpriram 10 mandados judiciais de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara Federal de Mato Grosso, além do bloqueio de bens móveis e imóveis até o limite R$ 106 milhões.

As investigações apontam que a quadrilha usou casas lotéricas para mascarar a origem ilícita de lucro obtido em atividades criminosas, entre elas corrupção e tráfico de drogas.

Entre os investigados pelos depósitos ilegais, há alvos de operações anteriores da Polícia Federal, como da Operação Ararath (que investigou a prática de “mensalinho” de integrantes da Assembleia Legislativa de Estado de Mato Grosso) e da Operação Hybris (deflagrada para coibir a distribuição de drogas na região de fronteira com a Bolívia, em esquema de tráfico internacional de cocaína).

Depósitos de milhões de reais em espécie foram identificados pela PF, os quais evidenciaram que tais valores eram incompatíveis com o patrimônio declarado pelos depositantes.

O crime de lavagem de bens prevê pena de reclusão, de três a 10 anos, e multa.

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