Lula bioluminescente mostra tentáculos brilhantes em vídeo raríssimo

Uma das espécies mais misteriosas do mundo foi filmada nas profundezas do mar exibindo a maior luz biológica do reino animal — é uma espécie de lula abissal que atacou equipamentos científicos durante um estudo da zona hadal do oceano, a mais profunda de todas.

  • Bioluminescência! 7 animais incríveis que produzem luz naturalmente
  • Fungos bioluminescentes podem ser a chave para tecnologia de luz natural

O registro brilhante foi feito pela Fundação Minderoo em conjunto com o Centro de Pesquisa de Mar Profundo da Universidade do Oeste da Austrália a 1.000 metros de profundidade, no Oceano Pacífico. O equipamento usado foi uma câmera de queda livre equipada com iscas, levada até o fundo do mar próxima à Passagem Samoana, região ao norte das ilhas de Samoa.

O animal em questão é a lula-luminescente-de-mar-profundo (Taningia danae), um grande cefalópode que se alimenta de crustáceos, peixes pelágicos e outros tipos de lula. Seu tamanho é famoso, já que a maior lula da espécie já encontrada tinha 2,3 metros de comprimento, uma fêmea, enquanto o espécime do vídeo tinha estimados 75 centímetros.


Feedly: assine nosso feed RSS e não perca nenhum conteúdo do Canaltech em seu agregador de notícias favorito.

Lulas e bioluminescência

 

No vídeo, é possível ver a lula surgindo da escuridão em direção à câmera, agarrando o objeto e então fugindo rapidamente. Instantes antes de abraçar o equipamento, no entanto, o cefalópode deixa à mostra um par de órgãos bioluminescentes — fotóforos — na ponta de seus tentáculos. A espécie ostenta os maiores fotóforos do reino animal, raramente vistos em ação pelos cientistas.

Acredita-se que os animais atordoem presas com a tática, e talvez até se comuniquem com outros indivíduos da espécie através do método.

Os padrões de luz podem ser modificados à vontade pela lula através do controle de uma membrana semelhante a uma pálpebra, cobrindo e descobrindo cada fotóforo. A lula-luminescente-de-mar-profundo provavelmente confundiu a câmera científica com uma presa e tentou intimidá-la na caça.

 

Pouco se sabe sobre o comportamento das T. danae, já que poucas foram vistas vivas — a maioria dos registros é feita com espécimes encalhados em praias, pescados por caso ou encontrados no estômago de baleias. A primeira vez que uma delas foi vista viva foi há 19 anos, com um sistema de câmeras semelhante ao do evento.

Leia a matéria no Canaltech.

Trending no Canaltech:

  • Computex 2024 | Quando vai ser e como assistir online
  • BYD traz 5.500 carros para o Brasil em navio gigante para driblar imposto
  • Projeto usa constelações como alerta dos perigos do lixo espacial
  • 1º hospital conduzido por IA poderá atender pacientes humanos na China
  • 6 anúncios mais aguardados da Computex 2024
  • Crítica Imaculada | Muita promessa para pouco terror
Adicionar aos favoritos o Link permanente.