Deputado questiona capacidade de Nikolas para comissão de Educação

O deputado federal Tarcísio Motta (PSol-RJ) protagonizou, nesta quarta-feira (6/3), um debate com parlamentares do Partido Liberal (PL) sobre a indicação de Nikolas Ferreira para presidir a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Ele demonstrou receio de que o colegiado se torne palco apenas de polêmicas disse temer que “os problemas reais da educação brasileira não vão aparecer”.

“Você teve deputados do PL que fizeram debates que tinham que ser feitos, e outros que vinham aqui para fazer vídeo para rede social. Talento para isso eles têm de montão. Vinham atrapalhar. Depois que parava a polêmica, iam embora e a gente continuava discutindo. A nossa preocupação é que agora a presidência faça isso”, disse o deputado do PSol.

Correligionário de Nikolas, o deputado Domingos Sávio (PL-MG) defendeu que o indicado precisará ter uma postura equilibrada na presidência da comissão, e que um deputado eleito com quase 1,5 milhão de votos precisaria exercer a presidência com responsabilidade. A deputada Bia Kicis (PL-DF), que presidiu a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle no ano passado, também defendeu que precisa haver diálogo.

O parlamentar do PL também citou o acordo feito com o PT sobre as vice-presidências das Comissões de Educação e Saúde. De acordo com o combinado, o PT fica com a presidência da Comissão de Saúde, e o PL com a vice-presidência. Na Comissão de Educação, ocorreria o oposto.

A discussão, porém seguiu. “No final o presidente tem o poder de distribuir relatorias, de definir a pauta. A 1ª vice-presidente vai poder definir pautas?”, questionou Tarcísio Motta. “A preocupação legítima de quem quer discutir educação. A 1ª vice vai poder discutir pauta? Vai poder discutir relatoria? É fácil dizer que vai ser equilibrado quando o poder continua na mão do presidente”, finalizou o psolista.

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