Mulher com alergia rara à água tem crise de coceira forte pós-banho

A americana Loren Montefusco, 22 anos, tem uma alergia muito incomum que chega a causar lesões na pele por tanta coceira. A jovem tem urticária aquagênica, um tipo raríssimo de alergia à água.

Ela teve a primeira crise aos 12 anos e, com o passar do tempo, os sintomas se tornaram mais graves. Loren só foi diagnosticada aos 19 anos, e hoje evita tomar banho para não se machucar — a coceira é tão intensa que ela acaba ferindo a própria pele ao tentar aliviá-la. A higiene da americana é feita com lenços umedecidos e xampu seco.

A alergia acontece quando a pessoa entra em contato com a água do chuveiro, mar, piscina, ou até mesmo com o próprio suor. Não existem muitos estudos sobre o tema, mas os cientistas sugerem que o início da urticária aquagênica se dá, normalmente, durante a puberdade, e a maioria dos casos ocorre sem histórico familiar do distúrbio.

Os sintomas incluem pele avermelhada, inchada, coçando e com pequenas bolinhas brancas, e costumam desaparecer cerca de 30 a 60 minutos após o contato com a água, ou seja, quando a pele seca.

Loren conta que, após sair do banho, se veste rapidamente para evitar o contato da pele com o ar, porque a ação intensifica a dor. “É horrível, parece que a coceira está bem abaixo da superfície da pele. Tento ao máximo não me coçar, mas não consigo evitar”, explica a americana. 

O alergista Daniel Strozzi informa que a causa exata da urticária ainda é desconhecida. “Acredito que seja uma resposta imunológica incomum ou um problema de pele que causa a reação adversa à água”, afirma. Outra teoria é que substâncias químicas presentes na água sejam as responsáveis pela alergia. 

Como diagnosticar e tratar a coceira da urticária

O principal exame para diagnosticar a urticária aquagênica é feito com compressas de água em temperatura ambiente, que são posicionadas na parte superior do tórax do indivíduo. O médico acompanha o paciente por cerca de meia hora para verificar os sintomas.

“O tratamento pode envolver o uso de medicamentos anti-histamínicos e estratégias para reduzir ou evitar a exposição à água, visando aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente”, explica Strozzi.

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