Tarcísio descarta mudança para o partido de Bolsonaro “no curto prazo”

São Paulo — O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) descartou, nesta quarta-feira (6/3), mudar de seu partido para o PL, legenda de Jair Bolsonaro, seu padrinho político, que vem sendo especulada por aliados e pelo próprio ex-presidente.

“Não tem isso [mudança de partido]. Hoje, nós temos um time. Esse time tem Republicanos, tem PL, tem PSD, tem PP, tem MDB, tem Podemos e este time está unido. Então, vamos trabalhar em prol deste time para que a gente tenha no final do ano, em outubro, uma eleição municipal bem sucedida. Estamos trabalhando dentro do normal, o que está previsto hoje, sem nenhuma mudança à vista, de curto prazo, e vamos continuar trabalhando”, disse o governador.

Bolsonaro passou o fim de semana retrasado com Tarcísio, hospedado no Palácio dos Bandeirantes, às vésperas do ato convocado na Avenida Paulista do dia 25, e teria tentado a persuadir o governador durante este período. À coluna Igor Gadelha, do Metrópoles, o ex-presidente disse que ele estaria “bastante simpático” à ideia.

Tarcísio é considerado a primeira opção eleitoral do bolsonarismo para as eleições presidenciais de 2026 diante da inelegibilidade do ex-presidente, determinada no ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder.

A saída do governador do Republicanos já vem sendo especulada desde o meio do ano passado, quando o presidente de seu partido, Marcos Pereira, negociou o ingresso da legenda no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em setembro, o Republicanos ganhou o controle do Ministério de Portos e Aeroportos.

Tarcísio, na época, chegou a admitir a possibilidade de saída, mas optou por continuar no partido ainda no fim de setembro.

O foco político do governador, no momento, consiste garantir que suas legendas aliadas vençam as próximas eleições no maior número de cidades paulistas possíveis. O objetivo é tentar evitar o crescimento dos partidos de esquerda no estado e garantir apoio para sua candidatura presidencial ou a reeleição no governo paulista.

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