A sonda Chang’e 6, da China, coletou as tão desejadas amostras do lado afastado da Lua. Mas, antes de iniciar a viagem de volta à Terra, a espaçonave aproveitou alguns momentos para exibir a bandeira nacional na misteriosa região, que nunca pode ser vista daqui.
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Você já deve ter percebido que vemos sempre a mesma face da Lua aqui na Terra. Pois bem, esta face é o lado próximo do nosso satélite natural; o outro, que fica oculto na nossa perspectiva, é chamado de lado afastado.
Foi para lá que a China enviou sua missão Chang’e 6 — mais especificamente, para a Bacia do Polo Sul-Aitken, a bacia de impacto mais antiga na superfície lunar. Segundo a agência espacial chinesa CNSA, o braço robótico da sonda ergueu a bandeira chinesa após coletar as amostras.
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A bandeira é feita de rochas basálticas vulcânicas. “As rochas foram esmagadas, derretidas e transformadas em filamentos com cerca de 30% da espessura do diâmetro de um fio de cabelo; depois, foram organizadas em fios e transformadas em tecido”, explicou o engenheiro Zhou Changyi.
On Jun 3 Chang’e-6 deployed a mini-rover, 移动相机 (Yidong xiangji, “mobile camera”) to image the lander on the surface pic.twitter.com/QVJCC3px89
— Jonathan McDowell (@planet4589) June 4, 2024
O material não foi escolhido por acaso. “A superfície lunar é rica em basalto”, acrescentou Zhou. “Como vamos construir uma base lunar no futuro, provavelmente vamos precisar transformar o basalto em fibras e usá-lo como material de construção”, disse.
A chegada da missão no lado lunar afastado no domingo (2), bem como o hasteamento da bandeira, mostram o quão longe o programa espacial do país chegou. O feito é histórico, mas não pense que os desafios acabaram: agora, a China precisa trazer as amostras à Terra. Se tudo correr bem, o material deve chegar ao nosso planeta nas próximas semanas.
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