NASA não quer ajuda da SpaceX para telescópio Hubble durar mais

A NASA anunciou nesta semana algumas medidas para manter o telescópio Hubble ativo mesmo após a falha em um dos seus giroscópios. Só que, mesmo que continue observando o espaço, o Hubble tem outro problema: sua órbita está diminuindo de pouco a pouco devido ao arrasto atmosférico. Uma forma de evitar que desça demais é levá-lo a uma órbita mais alta com a ajuda da SpaceX, mas a NASA recusou a proposta. 

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Enquanto o telescópio perde altitude, os cientistas têm algumas opções: uma delas é direcioná-lo para uma reentrada controlada para que seja queimado na atmosfera da Terra. A outra é levá-lo para uma órbita mais alta, o que permitiria algum fôlego para decidirem se é possível realizar mais uma missão de manutenção no observatório, sendo que a última foi realizada em 2009.

É aqui que entraria a parceria. Jared Isaacman, bilionário que apoiou e comandou a missão privada Inspiration4, sugeriu uma missão comercial em colaboração com a empresa: a ideia era usar uma nave Dragon, da SpaceX, para levar o Hubble a uma órbita mais alta sem custos para o governo norte-americano.


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A proposta veio em 2022, quando a NASA solicitou ideias de empresas privadas para alterar a órbita do telescópio. Na época, a agência declarou que não havia planos para conduzir ou apoiar uma missão de manutenção no Hubble, e que o estudo foi feito apenas para ajudá-los a entender as possibilidades comerciais disponíveis. 

Missão com nave Dragon, da SpaceX, poderia ajudar a prolongar a vida do telescópio Hubble (Imagem: Reprodução/NASA)

Na terça (4), membros da agência anunciaram a decisão. “Nossa posição agora é que, após explorar as capacidades comerciais atuais, não vamos tentar esta missão”, disse Mark Clampin, diretor da Divisão de Astrofísica e da Diretoria da Missão Científica da NASA. “Isso certamente nos deu uma visão melhor sobre as considerações para o desenvolvimento de futuras missões comerciais de reforço.”

O comentário sugere que, para a NASA, o Hubble está em bom estado e não compensa assumir os riscos de uma missão do tipo — por exemplo, o procedimento poderia contaminar um dos espelhos do telescópio. “Ainda acreditamos que ele tem uma confiabilidade muito alta e podemos operar o Hubble com muito sucesso, fazendo ciência inovadora no resto desta década e até a década de 2030”, finalizou Patrick Crouse, gerente de projeto do telescópio.

Leia a matéria no Canaltech.

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