Zack Snyder revela motivo para tornar Batman um assassino em BvS

Batman vs Superman: A Origem da Justiça, segundo filme do agora finado DCEU, é considerado por muitos o motivo pelo qual o universo compartilhado da DC simplesmente não funcionou para o público geral. Dirigido por Zack Snyder (Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo), o filme colocou o Homem de Aço, o Homem Morcego e a Mulher Maravilha pela primeira vez juntos e, mesmo assim, conseguiu dividir opiniões.

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Muito disso se deu pelo fato de Zack Snyder, aos olhos de muitos, não compreender muito bem nenhum dos personagens envolvidos, talvez partindo de uma vontade de desconstruí-los, o que não era uma má ideia, caso tivesse conseguido fazer isso de maneira efetiva. Um dos elementos mais criticados do filme — e olha que teve muita coisa para criticar ali — foi o fato de o diretor quebrar umas das principais regras do Batman, que é a de não matar ninguém.

Snyder encheu o herói de armas, seu Batmóvel é um tanque cheio de metralhadoras, e em suas cenas de luta, o personagem deixa de lado a ideia de “não vou te matar, mas você vai andar esquisito pelo resto da sua vida” para abraçar o conceito de “Estou chegando, já liga para o IML”. Contrariando o cânone do personagem em mais de oito décadas de histórias em diferentes mídias, o herói era umatador vestido de morcego. E agora o cineasta revelou o porquê de seguir por esse caminho.

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Mudando tudo porque podia

Ao longo dos anos, o diretor sempre buscou maneiras de justificar o motivo dessa mudança além do “porque eu quis”. Em uma participação no podcast The Joe Rogan Experience, Snyder foi questionado sobre sua experiência fazendo filmes de quadrinhos e como lidava com a reação dos fãs.

“Eles falaram que o Batman não pode matar, isso faz parte do cânone dele. Então, a primeira coisa que eu quero que ele faça é…”, disse o diretor enquanto caía na risada. Snyder prossegue comentando que pediam para ele não colocar o Homem-Morcego em uma situação que ele tivesse que matar alguém, o que ele considerava que o tornaria “irrelevante” se ele não puder fazer isso.

Basicamente, ele fez o Batman um assassino porque podia. Essa é apenas mais uma declaração que alimenta a ideia de que Zack Snyder nunca entendeu direito os personagens da DC e a mensagem que eles gostariam de passar. Esse problema vem desde a adaptação de Watchmen, dirigida por ele, mas ficou bastante evidente com sua influência no agora finado DCEU.

Ao falar que não deixar o Batman sair matando todo mundo tornaria o personagem irrelevante, Snyder ignora um dos pontos vitais do personagem, que sim, poderia sair eliminando todo mundo, mas tem uma bússola moral que o impede de fazer isso. Em todas as histórias que abordam o herói, ele não matar é um elemento-chave que evita que ele se torne um dos vilões. 

Ele chega muito próximo disso, causando dano suficiente nos bandidos que encontra pela noite, mas para o Batman, conscientemente tirar a vida de alguém o coloca na mesma posição que Coringa, Pinguim ou Joe Chill, o assassino de seus pais.

Boa parte de quem adaptou o herói entendeu isso. Novamente, percebemos que Snyder não é uma dessas pessoas.

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