Grupo esvaziou cofres do Pros quando perdeu comando, diz PF

Investigação da Polícia Federal (PF) que apura o desvio de recursos do fundo partidário no antigo Pros, hoje fundido com Solidariedade, mostra que o grupo criminoso, que seria liderado por Eurípedes Júnior, “esvaziou o cofre” do Pros quando ele perdeu o comando do então partido em março de 2022.

“A organização criminosa ao ser afastada por decisão judicial do comando do partido em 8 de março de 2022, tratou de esvaziar os cofres do partido transferindo os valores do fundo partidário para uma fundação onde ainda teria poderes de gestão e direção”, diz trecho de relatório da PF que perdeu o sigilo nesta quinta-feira (13/6).

A operação da PF foi deflagrada na quarta-feira (12/6) com sete mandados de prisão e 45 de busca e apreensão, que apura o desvio do fundo partidário calculado em R$ 36 milhões. Eurípedes Júnior, que é o atual presidente do Solidariedade, é o principal investigado e está foragido.

Entre os alvos da operação estão a tesoureira do Solidariedade, Cintia Lourenço da Silva, e Alessandro Sousa da Silva, o Sandro do Pros.

Briga pelo comando

A investigação começou após uma denúncia realizada pelo grupo do ex-presidente nacional do Pros, Marcus Holanda. Ele e Eurípedes Júnior travavam uma briga na justiça pelo comando do então partido desde 2020.

Após várias decisões favoráveis para um e para o outro, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou por fim que o comando do partido era de Eurípedes em agosto de 2022.

Entre as várias questões investigadas, está uma transferência de R$ 3 milhões da conta do Pros para a conta da Fundação da Ordem Social (FOS), em um período que Eurípedes não estava no comando do partido.

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