Governo fica satisfeito na Câmara, apesar de indicações bolsonaristas

Há uma dissonância entre os discursos do governo Lula e da bancada de deputados do PT. Os parlamentares estão revoltados com os acordos que levaram o PL a assumir a presidência de comissões importantes da Câmara, como a de Constituição e Justiça e a de Educação, mas o Planalto vende a ideia de que atingiu um objetivo estratégico.

A meta era tirar a oposição da presidência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. No ano passado, o colegiado foi presidido pela bolsonarista Bia Kicis, hoje líder da minoria na Câmara.

Uma vez sob controle da oposição, a comissão torna-se uma pedra no sapato de qualquer governo. O colegiado, em tese, se debruça sobre as contas da União, mas pode ser usado para aprovar requerimentos de informações e convocar ministros para tratar dos mais diversos assuntos.

Espera-se que o deputado Zé Neto, do PT da Bahia, seja eleito presidente da comissão na próxima semana.

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