Conhecido popularmente como mosquito da dengue, o Aedes aegypti é uma espécie de inseto que mede menos de um centímetro na fase adulta. Pode ser facilmente reconhecido pelas listras brancas no dorso e nas patas, bem diferente dos pernilongos.
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No Brasil e em muitos países do globo, a espécie de mosquito é associada com a proliferação de doenças, especialmente dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana.
A seguir, vamos conhecer mais sobre os seus hábitos, comportamentos e origem:
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Quanto tempo vive o Aedes aegypti?
Diferente dos humanos que vivem por volta de 75 anos, o Aedes aegypti não tem uma expectativa de vida tão pré-definida, porque o seu ciclo de vida depende da temperatura ambiente e de condições favoráveis.
Em condições ideais, o ciclo de vida do mosquito — ovo, larva, pupa e adulto — pode ser completado entre 7 a 10 dias. No entanto, os ovos podem ficar inertes por até 1 ano, esperando a formação de uma poça de água, preferencialmente limpa, para eclodirem. Já o mosquito adulto vive de 30 a 45 dias.
Hábitos de reprodução
Após o acasalamento, que ocorre apenas na fase adulta, a fêmea vai precisar de sangue, o que garante o desenvolvimento completo dos ovos e a maturação dos ovários. Em média, são 3 dias de uma dieta hematófaga para a postura dos ovos.

Por vez, são colocados de 100 a 200 ovos. Em média, geram ao longo da vida 1,5 mil ovos de mosquito. Se a fêmea estiver infectada por algum vírus neste momento, ela pode transmitir o agente infeccioso para os ovos, e estes já vão nascer contaminados.
Alimentação do mosquito da dengue
A fêmea somente se alimenta de sangue durante a reprodução, quando ocasionalmente pode picar humanos, transmitindo a dengue e outras doenças. Fora isso, ela mantém a mesma alimentação do macho: substâncias ricas em açúcar, como néctar e seiva.
Onde mora o mosquito?
Está completamente enganado quem pensa que o Aedes aegypti se esconde nas matas. Na verdade, esta é uma espécie de mosquito doméstico e costuma viver dentro ou nos arredores de casas e construções.
Cabe mencionar que o risco de surtos é alto justamente em áreas urbanas, especialmente quando há ocupação desordenada. Afinal, materiais de construção expostos ao tempo, lixo não coletado e caixas d’água são pontos ideias para a fêmea deixar os ovos, além de pratinhos de vaso e pneus.
Mosquito diurno
O mosquito da dengue tem hábitos majoritariamente diurnos. Por isso, é mais comum observá-los no começo do dia e ao entardecer. No entanto, esta é uma espécie oportunista e, dependendo das circunstâncias, pode picar à noite. O risco aumenta se a pessoa se aproxima de seu esconderijo.
Padrão de voo do inseto
De modo geral, o Aedes aegypti voa em alturas mais baixas, próximo ao solo. Devido a esse comportamento, os humanos que não querem ser picados devem sempre proteger os pés, tornozelos e canelas, com sapatos fechados, meias e repelentes.
Mosquito da dengue e calor
Os surtos das doenças transmitidas por este vetor costumam ocorrer no verão ou nos meses próximos a essa estação. Isso porque a elevação das temperaturas e as chuvas aceleram o seu processo de reprodução. Com uma população maior de mosquitos, os casos de dengue costumam aumentar, por exemplo.
Efeito aquecimento global
Em resposta ao aquecimento global, provocado pela ação humana, a tendência é que, cada vez mais, doenças transmitidas por mosquitos se intensifiquem, segundo especialistas. Por exemplo, casos de dengue estão aumentando em toda a Europa, como na França, onde a infecção era rara.

No caso brasileiro,“o aumento da temperatura mundial e o aumento da chuva, causado pelo [fenômeno] El Niño, criam um ambiente mais propício para o mosquito Aedes aegypti”, acrescenta Gustavo B. Propst, biólogo e professor do Colégio Marista Santa Maria.
Origem do mosquito Aedes aegypti
Embora o mosquito da dengue tenha se adaptado tão bem ao Brasil, a espécie é invasora. Segundo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), ela se originou no Egito, daí o nome. A primeira descrição científica foi feita em 1762.
Existem muitas teorias que explicam a chegada do Aedes aegypti para o Brasil. Entre elas, uma das mais aceitas é que o mosquito teria chegado junto aos navios negreiros durante o tráfico internacional de escravos. Desde então, eles têm se proliferado, apesar da histórica erradicação dos anos 1950 e a posterior reintrodução.
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