Todo mundo sabe que, um dia, a Estação Espacial Internacional (ISS) teria que se aposentar, o que está previsto para ocorrer oficialmente em 2030. Para destruir o laboratório orbital, a NASA anunciou, na quarta-feira (26), que a SpaceX será responsável por construir uma nave capaz de cumprir essa missão.
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A futura nave da SpaceX receberá o nome de United States Deorbit Vehicle (USDV) e terá como objetivo “empurrar” as mais de 400 toneladas da ISS, a maior estrutura já construída no espaço, de volta para a atmosfera. Com o atrito da reentrada, a maior parte do material vai se incinerar e desintegrar imediatamente. No entanto, algum lixo espacial também deve cair na Terra.
Por isso, é preciso fazer com que a ISS seja direcionada para um ponto específico. É uma região do Oceano Pacífico conhecida como Point Nemo. Por ser remota, os fragmentos e pedaços da estação não colocarão ninguém em risco. Assim, o que restou do laboratório poderá “descansar” tranquilamente no fundo do mar.
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Acordo da NASA com a SpaceX
Para construir a nave USDV, a SpaceX receberá um valor de até 843 milhões de dólares (aproximadamente 4,63 bilhões de reais). Aqui, vale adiantar que a empresa aeroespacial não deve reaproveitar a Starship para essa missão.

De acordo com o contrato, a SpaceX é a responsável apenas pela construção do veículo que vai destruir a ISS, mas não irá operá-lo. Todas essas etapas serão geridas e coordenadas pela própria NASA.
Além disso, essa nave será inevitavelmente destruída junto à Estação Espacial Internacional, como parte do processo de reentrada na atmosfera.
Aposentadoria da Estação Espacial Internacional
O primeiro módulo da ISS foi lançado no ano de 1998 e, passados mais de 25 anos, a estação continua a ser a maior referência quando se pensa em pesquisa espacial. A lista de estudos feitos no local, por astronautas de diferentes países, é consideravelmente longa.
Este é um dos motivos que fez com que o plano inicial de aposentadoria em 2015 fosse postergado. Em relação aos planos de 2030, já existem alguns céticos também.
É possível que o projeto tão bem-sucedido só seja encerrado quando as estações espaciais comerciais estiverem em órbita, operando e prontas para receber cientistas. Isso incluiria a Orbital Reef, da Blue Origin, por exemplo.
Apesar da aposentadoria,“o laboratório orbital continua a ser um modelo para a ciência, exploração e parcerias no espaço para o benefício de todos”, afirma Ken Bowersox, administrador associado da Nasa para operações espaciais, em nota.
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