Ossos de crianças com Síndrome de Down de 5 mil anos são encontrados

Após analisar 10 mil amostras de DNA antigos, pesquisadores do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha, identificaram crianças com Síndrome de Down, uma condição genética marcada pela presença de uma cópia adicional do cromossomo 21, que viveram há mais de 5 mil anos.

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Publicado na revista Nature Communications, o estudo revela a descoberta de seis crianças com Síndrome de Down, sendo que a maioria delas foi enterrada há mais de 2 mil anos. O achado mais antigo é de aproximadamente 2700 a.C. 

Todas viveram no máximo um ano de idade, o que aponta para a baixa expectativa de vida entre os indivíduos com Síndrome de Down na antiguidade. Hoje, quem tem trissomia do 21 pode viver até os 60 anos.


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Por outro lado, é interessante observar que todas as crianças foram devidamente enterradas, algumas com pompa — acompanhadas de itens especiais, como colares de contas coloridas, anéis de bronze ou conchas do mar —, demonstrando que eram acolhidas na sociedade.

Crianças com Síndrome de Down 

Entre os achados históricos da Síndrome de Down, o mais “novo” foi localizado no cemitério de uma igreja na Finlândia. Os ossos eram de uma criança que viveu entre os séculos XVII (1601-1700) e XVIII (1701-1800).

Agora, os outros cinco indivíduos são de um passado mais remoto, já que alguns viveram há 5 mil anos. Nesta leva, os mais novos são de 2,5 mil anos atrás. Foram encontrados em locais da Idade do Bronze na Grécia e na Bulgária, e em locais da Idade do Ferro na Espanha. 

Análise de DNAs antigos revela crainças com Síndrome de Down que viveram há mais de 5 mil anos (Imagem: ANIRUDH/Unsplash)

Caso mais antigo na história de Síndrome de Down

Até então, o caso de Síndrome de Down mais antigo é de uma criança enterrada em uma grande tumba num sítio arqueológico da Irlanda Neolítica (3600-3300 a.C.). Este caso foi novamente analisado e confirmado pelos pesquisadores.

Achado sobre a Síndrome de Edwards

O estudo dos DNA antigos também permitiu a descoberta de um caso histórico da Síndrome de Edwards, marcada pela existência de uma cópia extra do cromossomo 18, no sítio arqueológico da Espanha. A condição causa  problemas de saúde mais graves do que a síndrome de Down, e a expectativa de vida dos indivíduos continua baixa atualmente.

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