Fiscalização aponta atrasos em cirurgias no Hmib por falta de insumos

Uma fiscalização do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) constatou que a falta de insumos e medicamentos no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) pode ter atrasado a realização de cirurgias como a histeroscopia diagnóstica, indicada para detecção de câncer de endométrio.

A vistoria apontou que os centros cirúrgicos das áreas de ginecologia e obstetrícia do espaço também sofrem com escassez de equipamentos e falta de manutenção.

A fiscalização apurou impropriedades apontadas em representações do Ministério Público de Contas (MPC-DF) apresentadas em 2023, sendo analisadas neste ano pelo tribunal.

Segundo uma das denúncias, a fila de espera do grupo prioritário para a histeroscopia diagnóstica demorava cerca de um ano, devido à falta de instrumento adequado.

Em relação ao abastecimento de insumos, o relatório de inspeção do TCDF revelou que o hospital apresenta ausência recorrente de itens, como luvas, toucas, máscaras e medicamentos.

Segundo o documento, a aquisição emergencial desses objetos só é feita após o consumo total dos estoques. O tempo de espera entre a solicitação de aquisição dos itens e o seu recebimento é de 141 dias.

4 imagens

Sem atender crianças, Hmib sofre déficit de 361 profissionais de saúde

Hospital
Por dias, pais aguardam atendimento
1 de 4

TCDF alerta para sucateamento do Hmib e cobra centros de parto natural

Hugo Barreto/Metropóles @hugobarretophoto

2 de 4

Sem atender crianças, Hmib sofre déficit de 361 profissionais de saúde

Igo Estrela/Metrópoles

3 de 4

Hospital

Igo Estrela/Metrópoles

4 de 4

Por dias, pais aguardam atendimento

Igo Estrela/Metrópoles

Um questionário foi aplicado aos funcionários que atuam nas áreas de ginecologia e obstetrícia para avaliar as condições e a disponibilidade dos equipamentos. Mais de 60% dos profissionais entrevistados responderam que o Hmib apresenta falta recorrente de algum insumo, e que tal situação pode impactar negativamente nos atendimentos prestados.

O Metrópoles questionou a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) sobre a situação. Não houve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.