A missão Chang’e 6, da China, coletou amostras do lado afastado da Lua e até tirou fotos de lá — e um novo vídeo mostra como isso aconteceu. A sequência revela como o pequeno rover da missão usou uma inteligência artificial (IA) para o clique no lado oculto do nosso satélite natural.
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Chamado Jinchan (“sapo dourado” em mandarim), o rover de 5 kg foi liberado após a descida da Chang’e 6 e tirou uma foto do seu módulo de pouso após a coleta das preciosas amostras. Agora, os cientistas da missão revelaram que, apesar de ser tão pequeno, o rover era para lá de eficiente.
Eles explicaram que o robô foi treinado em uma arena que imitava as condições encontradas na Lua. Ainda, ele estava equipado com inteligência autônoma e hardware leve e integrado.
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“Embora o seja muito pequeno, ele é muito funcional. Ele é capaz de fazer separação autônoma, movimento autônomo e tirar fotos da Lua”, disse Xing Yan, membro da equipe da agência espacial chinesa CASC, à emissora CCTV.
Ele acrescentou que o rover se liberou sozinho do lander, e depois se deslocou até o local ideal para as fotos. “Ele conseguiu, de forma inteligente, escolher o melhor ângulo e composição, deixando algumas memórias preciosas para a Chang’e 6”, acrescentou.
Segundo Xing, o rover usou redes neurais para aprender a partir das experiências e realizar os ajustes necessários para as fotos, como mudanças de ângulo. Desta forma, o Jinchan pôde se posicionar para tirar as fotos do módulo que o levou — nas missões anteriores, operações do tipo exigiam cálculos da distância relativa entre o lander e a câmera no rover, a orientação e, claro, o melhor momento para a foto.
Após o clique, o veículo de ascensão da Chang’e 6 foi acionado, levando 1,9 kg de amostras lunares à órbita. Ali, ele se acoplou a um módulo de serviços e iniciou a viagem de volta. O material chegou em 25 de junho, marcando a primeira vez em que amostras do lado afastado da Lua vêm á Terra.
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