Um grupo de pareceristas da Receita Federal apresentou à Corregedoria do órgão uma investigação sobre as acusações feitas pela defesa de Flávio Bolsonaro, sobre a existência de uma organização criminosa na Receita que poderia ter embasado o relatório que deu origem ao caso Queiroz. O documento afirma que as acusações são baseadas em ilações.
As acusações foram reveladas pela coluna em outubro de 2020, e voltaram ao noticiário há duas semanas, quando o Supremo Federal divulgou o áudio de uma reunião em agosto daquele ano, em que as advogadas de Flávio levaram ao Palácio do Planalto as suspeitas.
No documento, a que a coluna teve acesso, diz-se que as advogadas de Flávio, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, apresentaram uma “trama enredada” idêntica aos argumentos usados por quatro auditores-fiscais processados disciplinarmente em PADs instaurados no passado.
“Não há nenhuma novidade no áudio liberado pelo STF em relação à Corregedoria da RFB, tendo sido demonstradas, de maneira fundamentada e motivada, a precariedade e a absoluta ausência de provas por parte das advogadas no que se refere às acusações e ilações por elas elaboradas”, diz o documento.