Cientistas do Laboratório de Berkeley, nos Estados Unidos, estão próximos de produzir o próximo elemento da tabela periódica, de número atômico 120 — no mesmo local, já foram descobertos 16 outros elementos, e agora um novo método pode levar a mais achados. Ainda sem nome, o novo elemento ficaria na oitava linha da atual tabela periódica.
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- Cientistas descobrem quarto elemento magnético da tabela periódica
A novidade está no feixe de titânio usado no processo, que também ajudou na melhoria da sintetização da última descoberta da equipe, o elemento 116, batizado de livermório. Como o número atômico representa o número de prótons de um átomo — cuja soma com os nêutrons leva à sua massa —, o elemento 120 representaria o átomo mais pesado já visto pela ciência.
Novo elemento superpesado da tabela periódica
Os cientistas responsáveis são do Departamento de Energia do Laboratório Nacional de Lawrence, Berkeley, e falaram sobre os testes na conferência Nuclear Structure 2024, publicando acerca do assunto na revista científica Physical Review Letters.
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A criação de elementos superpesados (com número atômico acima de 100) é feita com o choque de elementos químicos mais leves cuja soma de prótons leve ao número atômico desejado. Em geral, eram utilizados feixes de cálcio, com 20 prótons, no bombardeio de outros elementos. A novidade está no uso de um feixe de titânio, com 22 prótons, algo feito pela primeira vez no experimento de Berkeley.
Não é possível usar elementos com números atômicos maiores, como o férmio (100), já que são muito instáveis e têm meia-vida curta. Elementos superpesados não existem na natureza, só sendo possível criá-los a partir da sintetização em laboratório. Com o novo feixe de titânio, foram feitos dois átomos de livermório (116) em 22 dias de testes no Cíclotron de 88 polegadas do Laboratório Lawrence.
Com o sucesso, o plano agora é criar o elemento de 120 prótons, o que, segundo os cientistas responsáveis, fica na fronteira absoluta no conhecimento e compreensão humanos. Para isso, serão usados seis trilhões de íons de titânio (22), atirados contra o elemento califórnio (98), mais fino que uma folha de papel.

A energia utilizada terá de ser muito bem calibrada, pois pouca energia não fundirá o elemento pesado e muita energia explodirá os núcleos de califórnio. Não há data para o início dos testes, e seu sucesso poderá levar anos, mas os pesquisadores mostram confiança após provar a viabilidade do novo método.
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