Cientistas estão sempre em busca da interação entre o cérebro e o Alzheimer. Dessa vez, um novo artigo publicado na revista Nature Neuroscience apontou que os neurônios não são as únicas células cerebrais que produzem as proteínas associadas à doença.
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De acordo com o estudo, as células que dão suporte aos neurônios também contribuem para o processo de produção da proteína tau e da beta-amiloide (ambas associadas ao Alzheimer).
Até então, a ciência acreditava que os neurônios eram os principais produtores de beta-amiloide, e por isso se tornavam o principal alvo de novos medicamentos.
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A nova descoberta pode ser um grande avanço na luta contra o Alzheimer. Só o fato de haver outros fatores que contribuem para os aglomerados de beta-amiloide já é o bastante para trazer à tona um olhar otimista, já que pode fornecer algumas pistas muito necessárias.
Células de suporte
Para o estudo, os neurogeneticistas quiseram entender e demonstrar o envolvimento de células de suporte neuronal — chamadas oligodendrócitos — na formação anormal de placas cerebrais.
Para isso, o time removeu a capacidade dessas células de criar beta-amiloide. Isso foi possível ao eliminar o gene por trás da enzima BACE1, que funciona como uma tesoura molecular, cortando a proteína precursora de beta-amiloide.
Embora a inibição de BACE1 geralmente tenha uma redução muito maior na formação de placas (mais de 95%) em camundongos, a inibição de BACE parece causar outros problemas debilitantes, incluindo piora da memória e declínio do volume cerebral.

Isso provavelmente ocorre porque o BACE1 está envolvido na proliferação de neurônios em camundongos adultos. Mas quando Sasmita e sua equipe eliminaram o BACE1 dentro de apenas células de oligodendrócitos, eles não encontraram nenhuma interrupção nas quantidades de neurônios ou em sua distribuição.
A conclusão dos pesquisadores é que o direcionamento seletivo de BACE1 em oligodendrócitos pode poupar os prejuízos da inibição generalizada de BACE1.
Células de oligodendrócitos e Alzheimer
No último mês de julho, um estudo publicado na PLOS Biology mostrou que os oligodendrócitos são uma fonte importante de beta-amiloide (Aβ) e desempenham um papel fundamental na promoção da disfunção neuronal na doença de Alzheimer.
Leia a matéria no Canaltech.
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