A defesa do coronel reformado do Exército Marcelo Câmara, chefe da segurança de Jair Bolsonaro, ventilou nesta terça-feira (12/3) a possibilidade de o militar fechar uma delação premiada.
Câmara está preso desde 8 de fevereiro com base no inquérito que apura suposta tentativa de golpe de Estado por Bolsonaro e aliados após perder as eleições presidenciais para Lula em 2022.
À CNN Brasil, o advogado Eduardo Kuntz, que defende Câmara, afirmou que seu cliente estaria “aberto a ouvir” propostas de colaboração e que aguarda ser ouvido pela Polícia Federal.
Quem conhece Câmara, entretanto, garante que não há chances de ele fechar uma delação. A declaração de seu advogado seria apenas uma estratégia para “pressionar” a PF convocar o militar para depor.
Segundo aliados do coronel, desde que foi preso, no início de fevereiro, ele ainda não teria sido chamado pelos investigadores para prestar depoimento sobre os fatos.

Presidente do PL Valdemar Costa Neto declara oposição ao governo Lula em coletiva no Centro de Eventos Brasil 21. Brasília (DF) 08/11/23. Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), foi preso por posse ilegal de arma de fogo durante operação da PF
Vinícius Schmidt/Metrópoles

PF o presidente Jair Bolsonaro (PSL)
O ex-presidente Jair Bolsonaro, na mira da PF
Hugo Barreto/Metrópoles

general Braga Netto durante evento militar – Metrópoles
General Braga Netto foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta-feira (8/2), pela PF
Rafaela Felicciano/Metrópoles

Filipe Martins 2
Filipe Martins, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro, foi preso no âmbito da operação Tempus Veritatis
Igo Estrela/Metrópoles

Depoimento de general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional GSI do governo Bolsonaro, na CPMI do 8 de Janeiro 5
General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional GSI do governo Bolsonaro, também foi alvo da PF por suposto plano de golpe de Estado
Hugo Barreto/Metrópoles

Marcelo Câmara
Marcelo Câmara, chefe da segurança de Jair Bolsonaro
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Até o momento, apenas o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, firmou um acordo de colaboração premiada com a PF. O acordo foi homologado pelo STF.