Com o fim da parte da The Eras Tour, Taylor Swift quebrou o silêncio sobre o plano de bombardeio nos shows dela em Viena, que foram cancelados. Desde então, a cantora está com medo e reforçou a segurança em outras cidades para manter os fãs a salvo, como revelou em uma carta nas redes sociais na noite desta quarta-feira (21/8).
A voz de Shake It Off afirmou que ficou devastada por ter que cancelar os três shows na capital da Áustria. “O motivo dos cancelamentos me encheu com um novo senso de medo e uma tremenda culpa, porque tantas pessoas haviam planejado ir a esses shows. Mas também fui muito grata às autoridades, porque, graças a elas, estávamos lamentando shows e não vidas”, comentou em uma carta no Instagram.
Taylor também explicou o motivo de ter demorado cerca de duas semanas para se posicionar publicamente sobre a tentativa de ataque.
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“Deixe-me ser bem clara: eu não vou falar publicamente sobre algo se achar que isso pode provocar aqueles que desejam causar mal aos fãs que vêm meus shows. Em casos como esse, ‘silêncio’ é, na verdade, demonstrar contenção e esperar para se expressar no momento certo. Minha prioridade era terminar nossa turnê europeia com segurança, e é com grande alívio que posso dizer que conseguimos”.
Taylor ainda expressou “um grande alívio” por terem conseguido encerrar os shows na Europa com segurança. Após o cancelamento das apresentações em Viena, o foco se tornou o cuidado com os fãs do próximo show, em Londres.
“Minha equipe e eu trabalhamos de mãos dadas com a equipe do estádio e as autoridades britânicas todos os dias em busca desse objetivo”, comentou. Apesar da segurança rígida, que fez com que a entrada no estádio londrino fosse mais lenta, as cinco noites na Inglaterra seguiram sem problemas.
“E então Londres parecia uma sequência de sonhos lindos. Todas as cinco plateias no Estádio de Wembley estavam cheias de paixão, alegria e exuberância. A energia naquele estádio era como o maior abraço de 92.000 pessoas a cada noite, e isso me trouxe de volta a um lugar de calma despreocupada lá em cima”, comentou.
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Taylor Swift
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Outro adolescente é preso por planejar atentado em show de Taylo Swift
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Taylor Swift se pronuncia após ataque em evento com seu nome: “Choque”
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Selfie de Taylor Swift com os príncipes William, George e Charlotte
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Ryan Reynolds curtiu uma postagem no X (antigo Twitter) com fotos de Taylor Swift vestida de Deadpool
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Taylor Swift/ Deadpool e Wolverine
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Travis Kelce e Taylor Swift
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Taylor Swift e Selena Gomez no Globo de Ouro 2024
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Entenda:
Os shows de Taylor Swift na Aústria foram cancelados depois que a polícia do país anunciou, nesta quarta-feira, s prisão de dois homens, um deles de 19 anos, que planejavam praticar um atentado em um dos shows que a cantora americana Taylor Swift daria em Viena.
De acordo com o diretor geral de Segurança Pública do país, Franz Huf, substâncias químicas foram confiscadas na casa do jovem, a uma hora da capital do país. Ele é um austríaco que prestou juramento de lealdade ao Estado Islâmico e que tinha como cúmplice um morador de Viena que havia se radicalizado pela internet.
Taylor Swift se exibiria em Viena amanhã, na sexta-feira e no sábado. Cada show deverá reunir 65 mil pessoas. Os austríacos tiveram a sua primeira experiência com terroristas islâmicos em 2 de novembro de 2020. Quatro pessoas morreram naquele dia.
A decisão de cancelar os shows foi da empresa organizadora, Barracuda Music. “Com a confirmação pelas autoridades de um plano de ataque terrorista no estádio Ernst Happel, não tivemos outra opção que a de cancelar os três concertos para a segurança de todos”, explicou a empresa no Instagram.
Receio mais do que justificado: na semana passada, na cidade inglesa de Southport, onze crianças foram esfaqueadas durante uma aula de dança inspirada em Taylor Swift. Três delas morreram. O atentado está na origem da revolta violenta contra imigrantes que tomou conta da Inglaterra após surgirem boatos de que o autor do ataque era um muçulmano que pedia asilo no Reino Unido.
Na verdade, quem esfaqueou as crianças foi um adolescente de 17 anos, nascido em Cardiff, no País de Gales, filho de um casal de imigrantes de Ruanda.
A sombra jihadista nunca deixou de assombrar a Europa. E a guerra cultural-religiosa no seu interior é fato que vai muito além do discurso que aponta todas as culpas para a direita radical.