Os microplásticos já foram detectados em vários lugares do corpo humano, o que preocupa muito os cientistas. Um estudo do Nationals Institute of Health (NIH) levou essa preocupação a outro nível ao detectar essas partículas no cérebro. O material destaca, inclusive, que Mais preocupante, os cérebros de pessoas que sofriam de demência continham significativamente mais plástico do que os cérebros de pessoas saudáveis.
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Os pesquisadores descobriram que 24 das amostras de cérebro (coletadas no início de 2024 no Office of the Medical Investigator em Albuquerque, Novo México) continham em média cerca de 0,5% de plástico em peso.
Para se ter uma noção, o estudo descreve o cérebro como “um dos tecidos mais poluídos por plástico já registrados”.
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A análise também contou com 12 amostras de cérebro de pessoas que morreram com Alzheimer, e esses cérebros continham até 10 vezes mais microplásticos do que amostras saudáveis.
Aumento dos níveis de microplásticos no cérebro
O artigo também descobriu que a quantidade de microplásticos em amostras de cérebro de 2024 era cerca de 50% maior do que o total em amostras que datam de 2016.
Isso sugere que a concentração de microplásticos encontrados em cérebros humanos está aumentando em uma taxa semelhante à encontrada no ambiente. Conforme alertam os pesquisadores, há uma linha de aumento contínuo ao longo do tempo.
“Os resultados demonstram que os micro e nanoplásticos são acumulados seletivamente no cérebro humano e as concentrações aumentam ao longo do tempo”, afirma o estudo.

“Os cérebros exibiram concentrações mais altas de microplásticos do que amostras de fígado ou rim. Todos os órgãos exibiram aumentos significativos de 2016 a 2024”, reitera.
Microplásticos no corpo humano
Em outro artigo recente, publicado no periódico Journal of Hazardous Materials, um grupo de cientistas analisou 45 pacientes submetidos a cirurgia de quadril ou joelho e encontrou microplásticos no revestimento membranoso de cada articulação do quadril ou joelho examinada.
Já o periódico Toxicological Science revelou a existência de microplásticos em todos os 23 testículos humanos e 47 caninos estudados, descobrindo que amostras de pessoas tinham uma concentração quase três vezes maior do que aquelas de cães.
Microplásticos estão presentes em artérias obstruídas por gordura e até nos testículos de humanos e cães. Um estudo feito a partir de 62 amostras de placenta também notou a presença de microplástico em todas as placentas analisadas.
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