Fragmentos de asteroide da missão DART podem atingir a Terra em 10 anos

Uma equipe de cientistas liderada por Eloy Peña-Asensio, pesquisador do Instituto Politécnico de Milão, descobriu que os fragmentos ejetados pela missão DART, da NASA, podem alcançar a Terra. Os pedaços rochosos foram lançados ao espaço após a colisão da DART com Dimorphos, asteroide que orbita Didymos.

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O impacto proposital foi desenhado para os cientistas da agência espacial demonstrarem o método do impacto cinético, uma estratégia de desvio de possíveis asteroides perigosos. Só que, apesar de a técnica ter alterado a órbita de Dimorphos, ela criou detritos que podem atingir a Terra e outros planetas.

Peña-Asensio e seus colegas trabalharam com os dados da missão LICIACube, que acompanhou a DART e viu de pertinho o impacto. Os dados ajudaram a equipe a restringir as condições iniciais do material ejetado, incluindo as trajetórias e velocidades; depois, eles usaram supercomputadores para descobrir o que deve acontecer com estes fragmentos.


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As simulações monitoraram o trajeto das 3 milhões de partículas criadas pelo impacto da DART em Dirmorphos, e os resultados mostraram que algumas delas devem alcançar a Terra e Marte em uma década ou mais. Aquelas ejetadas a menos de 500 m/s devem chegar ao Planeta Vermelho em 13 anos. Já as que foram lançadas a 1,5 km/s podem alcançar nosso planeta em apenas sete anos. 

Fotos tiradas pela DART antes da perda do sinal causada pelo impacto (Imagem: Reprodução/NASA/John Hopkins APL)

Segundo as simulações, deve levar 30 anos para que qualquer um destes objetos seja observado na Terra. “Estas partículas mais rápidas devem produzir meteoros visíveis, com base nas observações iniciais”, comentou Peña-Asensio. Segundo ele, as campanhas de observação de meteoros são essenciais para os cientistas descobrirem se a DART criou sem querer uma nova chuva de meteoros. 

E pode ficar tranquilo, pois mesmo que estes fragmentos cheguem à Terra, eles não são perigosos. Como são pequenos e se movem rapidamente, vão se desintegrar na atmosfera e criar belos rastros luminosos no céu. O mesmo vale para Marte: Peña-Asensio e seus colegas acreditam que futuras missões no Planeta Vermelho vão poder analisar como foi a formação destes meteoros na atmosfera por lá.

O artigo com os resultados do estudo foi disponibilizado no repositório arXiv.

Leia a matéria no Canaltech.

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