Nesta terça-feira (27), a Organização das Nações Unidos (ONU) divulgou novos dados sobre o aumento do nível do mar nos últimos 30 anos. Com a intensificação do problema global, há uma catástrofe iminente nas ilhas do Oceano Pacífico. Nesta região, as águas sobem em ritmo mais acelerado e devem causar inúmeros prejuízos.
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Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, a elevação do nível do mar é “uma catástrofe mundial que está colocando em perigo este paraíso do Pacífico”. É o que afirmou Guterres, durante coletiva de imprensa, em Tonga — pequeno país insular da Oceania, ameaçado pelo problema.
Fora da região do Pacífico, “a elevação do nível do mar [também] tem um poder incomparável de causar estragos em cidades costeiras e devastar economias”, acrescentou o membro da ONU. Ainda existem formas de impedir ou amenizar o problema.
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Aumento do nível do mar
Desde 1993, o nível do mar subiu em média mais de 10 cm, segundo os dados coletados pela ONU. Na região englobada pelo Oceano Pacífico, a elevação foi de mais de 15 cm. Em alguns pontos “fora da curva”, a situação avançou ainda mais, como Fiji com 29 cm.
Nesse ritmo, alguns países da área podem desaparecer nos próximos 30 anos, como Tuvalu — país insular de baixa altitude. Isso destaca a importância do alerta de catástrofe iminente no Pacífico.
Vale lembrar que a elevação do nível do mar, no Pacífico ou em outra região do globo, está diretamente conectada com o aquecimento global e a emissão de gases poluentes pelas atividades humanas.
Segundo os especialistas da ONU, os oceanos absorveram mais de 90% do aquecimento gerado nas últimas cinco décadas. Desde os anos 1980, as águas do Pacífico aqueceram três vezes mais rápido do que a média global. Como efeito desse processo, o derretimento das geleiras e das camadas de gelo é acelerado, e a água do mar transborda para os continentes.

Como parte do problema, a previsão é que as inundações costeiras, as ondas de calor marinhas e os eventos extremos vão se tornar mais frequentes. Este é um dos efeitos do aquecimento global já verificado.
Catástrofe no Oceano Pacífico
Embora a elevação do Pacífico seja aparentemente um problema localizado, ele não é. O planeta está todo conectado e, invariavelmente, outras partes do globo são impactadas pelo aquecimento recorde dessas águas, mesmo que de forma menos intensa do que aquelas ilhas.
Hoje, cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo vivem em áreas costeiras, incluindo os moradores de Los Angeles (Estados Unidos), Mumbai (Índia), Xangai (China) e Daca (Bangladesh). No caso do Brasil, Rio de Janeiro e Santos são duas potenciais cidades em risco devido à elevação.
Resposta da ONU
“A elevação dos mares é uma crise inteiramente criada pela humanidade. Uma crise que logo crescerá para uma escala quase inimaginável, sem um bote salva-vidas para nos levar de volta à segurança ”, avisou Guterre. Entretanto, o secretário-geral da ONU entende que, se a região do Pacífico for salva, há esperança para o resto do globo.
Para brecar a elevação do nível do Pacífico, é preciso impedir o aumento das temperaturas globais a menos de 2 ºC em relação aos níveis pré-industriais. Para isso, é necessário controlar a emissão de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono, e planejar a transição do uso dos combustíveis fósseis, incluindo petróleo, gás e carvão natural.
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