Ameaça de bloqueio do X aumenta busca na web pelo termo VPN

A possibilidade do bloqueio do X (antigo Twitter) em todo o Brasil fez com que as pessoas aumentassem nesta quinta-feira (29) a procura pelo termo VPNs na internet e na própria rede social. As redes virtuais privadas poderiam ser uma opção para evitar as restrições e ainda acessar a rede numa eventual suspensão, mas a prática ainda pode ter alguns riscos.

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Logo após a chegada da intimação do Supremo Tribunal Federal (STF), publicada na noite de quarta (28), o termo “VPN” alcançou a lista de Assuntos do Momento do próprio X. Já a plataforma Google Trends, voltada para monitorar o volume de buscas dos usuários no Google, registrou picos de pesquisas sobre o tema. 

As buscas por VPN no Brasil atingiram o maior índice de interesse no começo desta quinta, de acordo com o recorte dos últimos 90 dias no Google Trends, verificados pelo Canaltech. Ao expandir a amostragem para os últimos 12 meses, o pico só não foi maior do que o da semana entre 7 e 13 de abril, quando Elon Musk falou pela primeira vez sobre fechar a operação do X no país. 


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Além disso, o termo “como usar VPN no celular” também teve um crescimento repentino nas pesquisas na plataforma.

Chance de bloquear o X no Brasil aumentou buscas por VPN no Google (Imagem: Captura de tela/André Magalhães/Canaltech)

Por que usar VPN no X?

Uma VPN funciona a partir de servidores que ocultam a localização original e o endereço IP do usuário. Então, se uma pessoa está no Brasil e entra num servidor da Argentina com uma VPN, por exemplo, o site ou a plataforma vai identificar que aquele aparelho está acessando de um país vizinho.

Esse método é muito usado para evitar restrições geográficas, como é o caso do bloqueio de um app ou site em determinado país, mas também para conferir o catálogo de um serviço de streaming de outra região. Vale lembrar que uma rede virtual privada também pode ser usada em servidores brasileiros como forma de proteger os dados do usuário contra a ação de rastreadores.

 

É recomendável usar uma VPN para furar um eventual bloqueio? 

Depende. Caso o bloqueio realmente aconteça, é necessário prestar atenção aos detalhes da decisão judicial para confirmar se não haveria alguma consequência aos usuários que tentam entrar na plataforma. 

Isso pode variar em cada caso. Em 2022, por exemplo, o STF ordenou o bloqueio do Telegram no Brasil e estabeleceu uma multa de R$ 100 mil para pessoas e empresas que divulgassem ou usassem meios de acessar o app — apesar de não mencionar as VPNs, o texto abre uma brecha para interpretações sobre o uso da ferramenta. 

O mensageiro foi suspenso novamente no ano seguinte, mas a ordem judicial não mencionou nenhuma punição aos usuários na ocasião.

Portanto, o uso de uma VPN para “driblar” a geolocalização ocorre por conta e risco do usuário.

Como funciona uma VPN? 

A VPN é um recurso para criar uma conexão segura na internet, na qual todos os dados do usuário são criptografados e protegidos num servidor. Sem uma VPN, o dispositivo faz uma conexão direta com o site ou app acessado, mas uma rede privada ativa funciona como um intermediário no processo — assim, o site só tem acesso às informações do servidor, e não aos dados do dispositivo. 

Trata-se de um importante recurso de segurança para navegar na internet sem preocupações com rastreadores, já que os mecanismos não conseguem acessar o endereço IP do usuário e monitorar a atividade digital. 

A maioria dos serviços disponíveis de VPN são pagos, incluindo opções como NordVPN, Surfshark e ExpressVPN. Normalmente, as empresas oferecem soluções para criptografar dados, bloquear rastreadores e escolher entre servidores de diferentes países.

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VÍDEO: O que é VPN?

 

É recomendável usar uma VPN gratuita? 

Na maioria das vezes, não. Os serviços 100% gratuitos podem trazer uma ameaça para a segurança digital do usuário no lugar de solucionar o problema: isso acontece porque as plataformas têm acesso a todos os dados do dispositivo e nem sempre são claras ou possuem a estrutura ideal para gerenciá-los.

Os serviços pagos, por sua vez, apresentam certificações e recursos que ajudam a manter a criptografia das informações. Caso você ainda não queira gastar com uma assinatura, pode recorrer a produtos que oferecem um período de teste gratuito, como é o caso de SurfShark e Atlas VPN. 

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Leia a matéria no Canaltech.

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