Carro elétrico vai pagar extra se ficar na recarga tempo demais

Mais uma taxa começa a ser aplicada a quem carrega a bateria de carros eletrificados em pontos de recarga públicos, os chamados eletropostos: a taxa de ociosidade. O objetivo, segundo empresas que administram os sistemas de abastecimento, é incentivar o uso das estações de “maneira mais consciente”.

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Na prática, o objetivo é que motoristas de carros elétricos não empatem a estação de recarga após ter a bateria do carro completamente recarregada, deixando a vaga livre para outro carro o mais rápido possível.

Segundo a Tupi Mobilidade, empresa paulistana que administra tanto aplicativos quanto estações de recarga próprias e das fabricantes Renault e BYD, a cobrança começará a ser feita no próximo dia 16 de setembro.


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Valor da multa de acordo com local

Segundo a Tupi, a cobrança será feita “por cada minuto extra que o veículo permanecer na vaga após o período de tolerância”.

Tanto o custo da taxa de recarga, quanto o período de tolerância podem variar, aponta a empresa, uma vez que são definidos pelos proprietários da estação de recarga, que podem ser prédios, estacionamentos, postos de combustível, supermercados, shoppings, entre outros estabelecimentos.

No comunicado sobre a cobrança da taxa, porém, uma imagem de tela do aplicativo da Tupi indica a cobrança de R$ 1,00 por 11 minutos de ociosidade.

Sobre os custos de recarga, a título de exemplo, eletropostos geridos pela Tupi cobram entre R$ 1,50 e R$ 2,20 pelo quilowatt-hora (kWh) na cidade de São Paulo. Em algumas estações, porém, a recarga ainda pode ser grátis, a critério do estabelecimento.

A potência destes postos costuma variar entre 7 kW e 22 kW, sendo que algumas unidades montadas dentro de postos de combustível da rede Shell oferecem recarga rápida (a partir de 50 kW).

Tupi mostra Taxa de ociosidade em tela do app (Imagem: Tupi Mobilidade/Divulgação)

Volvo já cobra desde julho

A Tupi não é a primeira empresa a cobrar taxa de ociosidade. Em julho, a Volvo anunciou a cobrança de R$ 5/minuto por vagas ocupadas além do período de tolerância, bem como valor extra pela recarga feita por donos de carros elétricos e híbridos plug-in de marcas concorrentes.

Desde o dia 10 de julho o benefício da recarga gratuita só vale para clientes que tenham carros da marca. Para os demais, é cobrada a taxa de conectividade, de ociosidade e, também, por kWh. E o valor não é nada atraente: R$ 4 por kWh.

Aliás, a taxa de ociosidade é paga até mesmo pelos donos de carros da Volvo. Veja os valores cobrados pela empresa sueca:

  • Para não cliente Volvo: R$4,00 (valor kWh)
  • Taxa de conectividade: R$2,50 (cobrança única po recarga, exceto para clientes Volvo)
  • Taxa de ociosidade: R$5,00/minuto (tolerância de 15 minutos e cobrança a partir do 16º minuto)

Mercado em expansão gera mais cobranças

A questão das cobranças não é uma realidade exclusiva do Brasil e faz parte da lista de obstáculos a serem superados pelo setor automotivo na ampliação da adoção de carros elétricos.

A própria Volvo recalculou seus planos globais, com prazos maiores e metas mais elásticas, inclusive voltando a considerar lançar novos carros com motor a combustão (híbridos).

Tudo por conta de impostos maiores e rede ainda pequena de recarga nos principais mercados globais, inclusive no Brasil, onde a infraestrutura depende quase que exclusivamente de investimento privado.

Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e da própria Tupi, o Brasil conta com 10.622 pontos de recarga “públicos e semipúblicos” instalados até agosto.

Por sua vez, a Volvo afirma que sua própria rede instalada já passa de “100 eletropostos em todas as regiões”, com investimento superior a R$ 70 milhões.

Por outro lado, a demanda é cada vez maior. De janeiro a agosto de 2024, o mercado de eletrificados dobrou, ainda segundo a ABVE: foram 109.283 eletrificados emplacados, alta de 123% na comparação com 2023.

De 2012 até agosto de 2024, já são 329.714 eletrificados (híbridos, híbridos leves, híbridos plug-in e elétricos a bateria) vendidos no país.

Chery iCar
Chery iCar (Divulgação/Caoa Chery)
BYD Dolphin
BYD Dolphin (Ivo Meneghel Jr./Canaltech)
GWM Ora 3
GWM Ora 3 (Divulgação/GWM)
JAC Yiwuei 3
JAC Yiwuei 3 (Divulgação/JAC Motors)
JAC E-JS1
JAC E-JS1 (Paulo Amaral/Canaltech)
Seres 3
Seres 3 (Divulgação/Seres)

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