“Esqueça os cremes noturnos de retinol”, conforme sugeriram os cientistas da Universidade Edith Cowan (ECU), na Austrália. Por meio de uma investigação, os pesquisadores descobriram que “viajar pode ser a melhor maneira de desafiar o envelhecimento prematuro”. Pela primeira vez, um estudo interdisciplinar aplicou a teoria da entropia ao turismo, e as descobertas foram reveladoras.
“Viajar pode trazer benefícios positivos à saúde, incluindo retardar os sinais de envelhecimento”, frisou a doutoranda Fangli Hu, responsável pelo estudo, no resumo da pesquisa. Ela prosseguiu: “O envelhecimento, como processo, é irreversível. Embora não possa ser interrompido, pode ser desacelerado”. Segundo a pesquisadora, “o turismo não é apenas sobre lazer e recreação”.
“O turismo pode contribuir com a saúde física e mental das pessoas”, salientou Hu.

Base da pesquisa, a teoria da entropia consiste na tendência geral do universo em direção à morte e à desordem. O turismo tende a desencadear determinadas mudanças, em que experiências positivas podem mitigar o aumento da entropia e melhorar a saúde. Hu explicou que “turistar” costuma expor as pessoas a novos ambientes e atividades relaxantes.
Outra vantagem do turismo é descobrir novos cenários, capazes de estimular respostas ao estresse e elevar as taxas metabólicas, influenciando positivamente o trabalho do metabolismo e a auto-organização do corpo. A responsável pela pesquisa argumentou sobre essa atuação do organismo vir a desencadear uma resposta adaptativa do sistema imunológico e se defender melhor contra ameaças externas.

“Simplificando, o sistema de autodefesa se torna mais resiliente. Hormônios que conduzem ao reparo e regeneração de tecidos podem ser liberados e promover o funcionamento de autocura”, citou Fangli Hu. Ela sugeriu fazer atividades de lazer em viagens por ajudar a aliviar o estresse crônico, diminuir a superativação do sistema imunológico e encorajar o funcionamento normal do sistema de autodefesa.
“Envolver-se em recreação potencialmente libera tensão e fadiga nos músculos e articulações. Esse alívio ajuda a manter o equilíbrio metabólico do corpo e aumenta a eficácia do sistema antidesgaste. Órgãos e tecidos podem então permanecer em um estado de baixa entropia”, ressaltou a pesquisadora.

Psicologia
A coluna Claudia Meireles conversou com a psicóloga Amanda Carvalhal para saber os benefícios de viajar para a mente e para o corpo. “Quando você viaja, se afasta um pouco da rotina, do estresse, daquele dia a dia que muita das vezes é pesado. No novo destino, confere ambientes, outras culturas e se relaciona com mais pessoas, fazendo amizades e conhecendo novos lugares”, reiterou.
O fato de viajar propiciar o aumento do bem-estar, faz com que alivie um pouco a mente e pode melhorar a memória. “A exposição a novos lugares e culturas te permite criar adaptabilidade promovendo uma sensação de renovação e revitalização. Há a melhora do cognitivo, porque você tem que estar atento na viagem com questão de voo e hotel. Então, ajuda de uma forma geral para uma vida mais longa e satisfatória”, declarou Amanda.
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