Operadoras são notificadas para novo bloqueio e X explica “volta”

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) emitiu, nesta quarta-feira (18/9), uma nova notificação de bloqueio do X (antigo Twitter) para empresas de telecomunicações. A rede social começou a funcionar novamente para alguns usuários, mesmo com a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Houve uma mudança do IP (tipo de endereço virtual) da rede social no Brasil, que passou a ser rotativo, e não mais fixo, o que dificultou o bloqueio por parte das operadoras e que houvesse um certo “drible” na restrição de acesso.

A informação da nova ordem de bloqueio partiu da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), conforme a Folha de S. Paulo. No entanto, não houve pronunciamento da Anatel a respeito da medida.

Conselheiro da Abrint, Basilio Perez explicou que a determinação é para bloqueios de IPs específicos do X. Isto deve ser feito e, em seguida, um monitoramento deve identificar se a medida não provocou instabilidades em outros acessos.

As empresas de telecomunicações devem cumprir a ordem no prazo de 24 horas e as mesmas começaram a ser notificadas no fim da tarde desta quarta.

X explica “volta” no Brasil

O X usou o próprio perfil de relações governamentais para se pronunciar sobre o assunto. Na postagem, publicada nesta quarta, a plataforma relatou uma mudança de servidores. Eles argumentaram que, com a suspensão do X no Brasil, a equipe ficou sem a estrutura requisitada para manter a oferta dos serviços na América Latina, então, houve a troca dos equipamentos.

“A mudança resultou em uma restauração de serviço inadvertida e temporária para os usuários brasileiros”, destacou a empresa. “Apesar de esperar que a plataforma volte a ficar inacessível de novo rapidamente, nós continuamos nossos esforços com o governo brasileiro para retornar muito em breve à população do Brasil.”

A suspensão do X foi definida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes em 28 de agosto deste ano. A ordem veio após o X desrespeitar decisão judicial de Moraes e não indicar um representante oficial no Brasil.

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