Criticado por ausência em enchentes, Lula vai ao RS prestar contas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passará a sexta-feira (15/3) no Rio Grande do Sul. Primeiro, o chefe do Executivo irá a Porto Alegre e, depois, seguirá para Lajeado.

Na agenda da manhã, o petista apresentará “as ações e os investimentos” do governo federal para o Rio Grande do Sul. Acompanhado de uma comitiva de ministros, o presidente vai detalhar projetos do Novo PAC e outros programas do governo federal para o estado.

Por volta das 15h, Lula chegará a Lajeado, município gravemente afetado por enchentes em setembro de 2023. Lá, o chefe do Executivo fará um balanço das ações do governo após a tragédia.

O governo federal recebeu críticas pelo presidente não ter ido ao Rio Grande do Sul prestar solidariedade em meio às chuvas e um transbordamento histórico do Rio Taquari. Lula, no entanto, se preparava para a cirurgia no quadril, feita no fim de setembro, e conversou com o governador Eduardo Leite (PSDB) para orientações.

A primeira-dama Janja Lula da Silva e uma comitiva de ministros foram enviados para acompanhar a situação no estado.

De qualquer forma, houve uma cobrança popular e da oposição por maior presença do chefe do Executivo no momento. Dessa forma, a ida do presidente agora é também uma “prestação de contas” aos eleitores do município.

No compromisso em Lajeado, o tema das enchentes deverá ser abordado, com uma demonstração do que o governo federal mobilizou para contornar a crise. Novas medidas sobre esse assunto também serão anunciadas.

Presença no Sul

A visita ao estado também é uma forma do petista marcar presença no Sul do país, majoritariamente bolsonarista, especialmente durante o ano eleitoral. O partido do presidente ainda não tem, publicamente, um nome competitivo para a prefeitura de Porto Alegre ou de outros municípios.

Além de alcançar os eleitores de forma geral, a viagem é uma oportunidade para reforçar os laços do chefe do Executivo com o agronegócio e agricultores, segmento visado também para o pleito municipal de outubro.

Após a passagem pelo Rio Grande do Sul, Lula é esperado para dar um “giro” em outros estados onde o agro é prevalente, como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins. Na quarta-feira (13/3), o presidente já esteve em Minas Gerais, pela segunda vez no ano.

Outro interesse é se aproximar e explicar o que o governo federal tem articulado para diminuir o preço de produtos tidos como essenciais, como é o caso do arroz, feijão e energia.

Lula articula com Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, ações para diminuir o impacto de eventos climáticos nas safras dos produtores, enquanto discutem também projetos de estímulo à produção de alimentos e produtos. A semana começou com uma reunião dos dois justamente sobre esses tópicos.

Depois das viagens rumo à aproximação do agro, o petista deseja fazer ainda mais um gesto: um “churrasquinho” na Granja do Torto, residência de campo da Presidência, para dar um tom informal à reunião com membros do agro. A ideia é aos moldes dos happy hours feitos nos últimos meses com lideranças do Congresso.

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