Drones no Rock in Rio evitam correrias após shows e monitoram público

O Rock in Rio 2024 abraçou diversas tecnologias para ampliar a segurança da edição que comemora 40 anos do festival. Parte dessa aposta vem do uso de drones para acompanhar a movimentação dos fãs e evitar acidentes por possíveis tumultos durante a saída de shows ou até mesmo acessos indevidos em áreas restritas.

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A abordagem faz parte da operação da equipe de segurança do evento realizado no Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ). Ao Canaltech, o diretor-executivo de vendas e marketing da SegurPro, Frank Ribeiro, explica que a abordagem é realizada com um drone autônomo, que é operado de hora em hora sem intervenção humana, e outros equipamentos que contam com pilotos da própria companhia.

“Esses drones são de alta capacidade, com câmeras extremamente competentes para poder observar com muitas distâncias, e também com sensor de temperatura, as câmeras térmicas, que permitem fazer esse processo de visibilidade”, detalha o diretor da empresa responsável pela segurança do evento.

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Os aparelhos auxiliam no monitoramento do espaço interno e externo da Cidade do Rock, a fim de dimensionar as operações das equipes. Um dos usos abordados pelo executivo é voltado à prevenção de acidentes, como esmagamentos em casos de correrias na saída de shows, ao utilizar as imagens como apoio no controle da movimentação do público.

“Em 2022, um BRT quebrou na saída. Com a visão do drone, a gente percebeu que o público começou a parar porque não conseguia ter vazão dos ônibus para saídas”, exemplifica. “Nós conduzimos as ações de segurança aqui dentro para evitar que o público saísse. Então, a gente diminuiu a marcha das pessoas, porque a gente sabia que, se deixasse solto, eles iam acabar se encontrando e gerando esse possível esmagamento.” 

Os equipamentos também auxiliam nos monitoramentos de acessos indevidos. Além de áreas restritas dentro da Cidade do Rock, que podem trazer riscos às pessoas, a coleta de imagens também verifica se há tentativas de invasão ao evento pela Lagoa de Jacarepaguá, que banha as margens do Parque Olímpico.

Além dos drones, a equipe de segurança do Rock in Rio também utiliza as mais de 100 câmeras espalhadas pelo evento com auxílio de inteligência artificial para fazer as detecções. Todos esses dados são trabalhados dentro de um centro de operações próprio, que monitora a Cidade do Rock continuamente, e em parceria com as polícias civil e militar do Rio de Janeiro, além de bombeiros e demais autoridades.

Realidade aumentada e autoatendimento

A tecnologia entrou em outros palcos na edição de 2024, como o aplicativo oficial para Android e iOS, que já alcançou a marca de 420 mil downloads, segundo a vice-presidente de reputação de marca da Rock World, Roberta Medina, em uma coletiva de imprensa realizada neste sábado (21).

Através do mapa disponível no app, os fãs conseguem acessar uma visualização em realidade aumentada (AR, em inglês), que mostra a direção dos palcos, atrações, bebedouros e mais, com o auxílio da câmera do celular.

Dessa forma, se você está na Gourmet Square e deseja caminhar até o Palco Sunset, basta abrir o Mapa AR e, com o auxílio das descrições da plataforma, posicionar o celular em direção ao espaço e caminhar até o seu próximo show, por exemplo.

A plataforma ainda garantiu a venda antecipada de alimentos e bebidas, que podem ser retiradas através de um QR Code após o pagamento por cartão ou Pix. Também houve a instalação de chopeiras automáticas, onde o consumidor só precisa fazer o pagamento por aproximação, encher o copo e tomar a cerveja, sem depender de vendedores.

Já os banheiros contam com um painel na entrada, que mostra o nível de lotação. Além disso, a informação também está disponível ao pesquisar pelos toaletes pelo mapa do app do Rock in Rio, o que ajuda a evitar uma ida a um local com cabines indisponíveis.

A produção do festival explica ao CT que as movimentações são processadas pelas catracas de entrada e saída dos banheiros, que são conectadas entre si e com o app e a tela no lado externo do espaço. 

Alguns acessos do festival também contam com um sistema de reconhecimento facial, que também foca em segurança. No caso da Área VIP, por exemplo, a solução é utilizada para confirmar a identidade de quem veste a pulseira que libera a entrada no ambiente.

The Town 2025

Ainda na coletiva de imprensa deste fim de semana, Medina compartilhou detalhes da próxima edição do The Town. O festival será realizado em 6,  7, 12, 13 e 14 de setembro de 2025, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP).

A executiva da empresa responsável pela organização do Rock in Rio também apresentou o Amazônia Para Sempre, que terá apresentações no próximo ano em Belém (PA), que sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30).

VÍDEO: Quando foi criado o primeiro drone?

 

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