Desigualdade salarial de gênero no Rio de Janeiro é de 28,75%

Rio de Janeiro — A cidade do Rio de Janeiro está entre as cinco capitais brasileiras com maiores diferenças salariais entre homens e mulheres, de acordo com o relatório Eleições 2024: Grandes desafios das capitais brasileiras, elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis. O estudo aponta que, em média, as mulheres ganham 28,75% menos que os homens na capital fluminense.

Resumo da Notícia:

  • Mulheres no Rio de Janeiro recebem 28,75% menos que os homens.
  • A disparidade é um dos principais desafios para a próxima gestão municipal.
  • Especialistas destacam a importância de creches e crédito para empreendedoras.
  • Teresina, no Piauí, lidera o ranking de maior desigualdade, com 34,17%.

Desigualdade salarial entre gêneros no Rio de Janeiro

O relatório produzido pelo Instituto Cidades Sustentáveis traz um alerta para a capital fluminense, que se destaca negativamente no cenário de desigualdade salarial entre homens e mulheres. As mulheres no Rio de Janeiro ganham, em média, 28,75% menos que os homens, o que coloca a cidade como uma das cinco piores capitais brasileiras nesse quesito.

Este número reflete a disparidade que ainda persiste no mercado de trabalho, onde as mulheres, especialmente as negras, enfrentam dificuldades não apenas no acesso a empregos de melhor remuneração, mas também em alcançar cargos de liderança.

Papel dos municípios na redução da desigualdade

Especialistas defendem que as gestões municipais têm um papel fundamental na criação de políticas públicas que contribuam para a redução dessas disparidades. A professora Mariele Troiano, da UFF, explica que o poder público local deve implementar medidas que considerem as especificidades da desigualdade de gênero.

Entre as políticas destacadas estão o aumento da oferta de creches e escolas em tempo integral, o que permitiria que as mulheres que são mães pudessem trabalhar sem preocupações com a segurança dos filhos. Além disso, há uma ênfase na necessidade de conceder crédito orientado para empreendedoras.

O impacto da desigualdade salarial no Rio

O estudo revela que, em 2024, a diferença salarial no Rio de Janeiro atingiu 28,75%, um aumento significativo em comparação com 2022, quando essa diferença era de 18,03%. Esse crescimento da desigualdade demonstra que os esforços das empresas e do governo ainda são insuficientes.


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A economista Janaína Feijó, da FGV IBRE, destaca que essa disparidade não é apenas uma questão de justiça social, mas também de eficiência econômica. Segundo ela, a equidade salarial entre homens e mulheres pode contribuir para o aumento do PIB mundial, como mostra um estudo do Instituto Global McKinsey, que estima um acréscimo de 12 trilhões de dólares até 2025 se houver mais igualdade.

Cidades com maior e menor desigualdade

Além do Rio de Janeiro, outras capitais brasileiras também enfrentam altos índices de desigualdade salarial. Teresina, no Piauí, lidera o ranking com uma diferença de 34,17%. Recife e Belo Horizonte também figuram entre as piores capitais. Por outro lado, cidades como Rio Branco e Macapá têm as menores desigualdades, com 3,25% e 6,34%, respectivamente.

Perguntas frequentes sobre desigualdade de gênero no mercado de trabalho

O que causa a diferença salarial entre homens e mulheres?
A desigualdade salarial está ligada a vários fatores, como a concentração das mulheres em setores de menor remuneração, menor representatividade em cargos de liderança e falta de políticas públicas de apoio.

Como os municípios podem reduzir essa disparidade?
Cidades podem investir em creches, escolas em tempo integral e programas de crédito para mulheres empreendedoras, além de garantir maior flexibilidade no horário de trabalho.

Quais capitais têm a maior desigualdade salarial?
Teresina, Recife, Belo Horizonte e Rio de Janeiro estão entre as capitais com maiores disparidades salariais entre gêneros.


Com informações da Agência Brasil.


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