Alvo de protesto, Nunes explica ausência em debate: “Vão ter outros”

São Paulo — O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, confirmou neste sábado (21/9) que não deve comparecer ao debate organizado pelo Flow, na próxima segunda-feira (23/9). Em evento de campanha na Casa Verde, zona norte de São Paulo, Nunes disse a jornalistas que terá três compromissos na noite do debate.

“Na segunda-feira à noite, eu tenho três agendas. Eu não tenho mais como ficar cancelando todas as minhas agendas para ficar horas e horas em debate. A gente vai ter outros debates ainda. Eu acabei de participar acho que de seis debates, fora o que a gente tem de participação nos podcasts e sabatina. Em relação ao Flow, com todo o carinho que eu tenho por eles, eu não tenho como desmarcar três compromissos para ficar lá. Seria um desrespeito com essas pessoas”, explicou.

Ao lado de Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes é um dos alvos de protesto convocado por estudantes para ocorrer durante o debate. Inicialmente, o evento estava previsto para ocorrer no Centro de Difusão Internacional da Universidade de São Paulo (USP), aberto para o público. No entanto, diante da ameaça de protesto, o local do debate foi alterado, para o Clube Sírio, na zona sul.

“Devido à manifestação programada pelos alunos e considerando que o evento seria realizado em um espaço público, não seria possível garantir a segurança adequada para todos”, informou o Flow, em nota divulgada na noite dessa sexta (20/9).

Para o debate, foram convidados os seis principais candidatos na corrida eleitoral: Guilherme Boulos (PSol), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).

O Metrópoles procurou a campanha dos candidatos sobre a participação no evento. As assessorias de Guilherme Boulos, Marina Helena e Tabata Amaral confirmaram presença no encontro. José Luiz Datena e Pablo Marçal ainda não se manifestaram. O espaço segue aberto.

A última vez em que candidatos deixaram de comparecer aos debates foi em 19 de agosto, quando Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e José Luiz Datena faltaram. Na ocasião, Pablo Marçal, Tabata Amaral e Marina Helena debateram entre si.

Desde então, os candidatos intensificaram as provocações e os ataques pessoais nos debates. No debate da TV Cultura, no último domingo (15/9), Datena agrediu Marçal com uma cadeira após ser chamado de estuprador.

Menos de uma semana depois, no debate do SBT, na última sexta-feira (20/9), os candidatos adotaram tom mais brando e propositivo.